Brasileiros em perigo nas estradas

Crianças no veículo Menores de 10 anos devem estar sempre no banco traseiro. O cinto de segurança precisa ser ajustado ao corpo deles

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Você usa cinto de segurança? Se respondeu sim, parabéns pela atitude. Infelizmente, muitos brasileiros ainda arriscam a própria vida porque não o utilizam. Pelo menos quatro em cada 10 pessoas que trafegam pelas estradas do País não usam cinto de segurança. Em 2017, foram registrados 3.588 acidentes em rodovias envolvendo pessoas que não usavam o cinto, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O saldo negativo foi de 5.370 feridos e 132 mortos. No ano passado, cerca de 213 mil multas foram aplicadas nas rodovias federais pela falta de uso do cinto.
Só 64% dos motoristas exigem que o passageiro use o cinto de segurança – o restante, 36%, não pede que os ocupantes do veículo utilizem o equipamento. E mais: 8,9% dos condutores não colocam o cinto, segundo levantamento da Arteris, companhia do setor de concessão de rodovias.
Desculpa esfarrapada
Entre as justificativas dos motoristas para a não utilização do equipamento de segurança estão a falta de atenção e a suposta baixa necessidade quando fazem trajetos curtos. Alguns motoristas ainda colocam a responsabilidade nos passageiros, de acordo com a Arteris.
Obrigatório
O cinto de segurança é obrigatório para passageiros e motoristas, nos bancos da frente e de trás, segundo o Código de Trânsito Brasileiro. A falta de cinto de segurança é uma infração grave, punida com multa de R$ 197 e cinco pontos na carteira. O motorista também é responsabilizado se os passageiros estiverem sem cinto. No caso de criança sem cinto ou cadeirinha, a infração é gravíssima, com multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira.
Proteção
O cinto de segurança ajuda a salvar vidas: seu uso reduz em 75% o risco de morte para os passageiros do banco traseiro e em 45% para os ocupantes que estão nos assentos da frente do veículo, de acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
Para se ter uma ideia do problema, basta olhar para os números de acidentes ocorridos entre janeiro de 2012 e junho de 2016 nas rodovias sob concessão de São Paulo. Os dados indicam que 57,4% dos mortos no banco traseiro estavam sem o cinto de segurança, segundo a Agência de Transporte do Estado (Artesp).
Manutenção
Assim como outros itens dos veículos, o cinto de segurança deve passar por manutenção. O cinto deve ser trocado após ser usado em uma situação de acidente, como choque com outro veículo. Ou seja, se alguém estava usando o cinto no momento de um acidente, esse item deve ser trocado, pois já perdeu sua resistência original. Além disso, é importante fazer uma manutenção periódica, observando se o cinto apresenta manchas, desgaste ou não se encaixa bem. Em caso de problemas, troque-o. A sua vida e a de sua família devem estar em primeiro lugar.

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Colaborador

Rê Campbell / Foto: Fotolia