“O problema estava na minha mente”

Complexo de inferioridade e rancores ficaram no passado de Ingrid Maia

Imagem de capa - “O problema estava na minha mente”

Para retratar a própria história, Ingrid Maia, de 23 anos (foto abaixo), revelou a raiz de um dos seus tormentos: “sou filha de um relacionamento extraconjugal do meu pai, fruto de uma traição. Eu me sentia um lixo”, contou.
Ingrid passou a infância ajudando nos cuidados com os dois irmãos mais novos. Com o passar do tempo, aquilo se tornou um peso. “Eu me sentia muito cobrada. Cresci cheia de complexos e me tornei uma pessoa explosiva. Gritava por motivos bobos, brigava, batia nos meus irmãos. Por fim, me revoltei contra meu pai, porque eu tinha uma família desestruturada. Passei a não querer mais vê-lo”, revelou.
Vida espiritual
Ingrid enfrentava problemas espirituais e não se sentia bem no dia a dia. “Eu chorava por tudo.” Ela evitava ficar sozinha, pois acreditava que sempre tinha alguém olhando para ela. “Já vi, inclusive, a janela da cozinha se abrir e o botão do fogão disparar sozinho. Além disso, tive crises de pânico. Não dormia, tinha pesadelos com assassinatos e a sensação de que, ao me deitar, alguém se deitava comigo.”
Relacionamentos
Os relacionamentos foram frustrados, como ela mesmo lembra. “Namoros tortos”, disse. “Nos primeiros meses, tudo eram flores. Depois, eles terminavam. Isso me feria muito, eu ficava dias chorando, trancada no quarto, sem comer ou falar com alguém.”
Nada é por acaso
Uma nova perspectiva começou a surgir para ela, há três anos, no dia em que reencontrou o seu pai na loja em que trabalhava. Ele não a reconheceu, mas ela decidiu falar com ele.
Eles conversaram e ele a convidou para conhecer a Universal. Ela resistiu. “Foi difícil, porque eu ainda não havia chegado no fundo do poço. Precisei ver minha família se desfazer. Eu vi minha mãe sair de casa, meus irmãos nas drogas, tive depressão e crise de pânico. Só então decidi aceitar o convite do meu pai. Precisei sofrer para reconhecer a necessidade de buscar ajuda.”
Ao entender que existia uma força negativa agindo em sua vida, ela passou a frequentar as Reuniões de Libertação da Igreja Universal.
Ingrid conta que se libertar não foi algo fácil. Ela se enganava ao alimentar dúvidas e incertezas. “Ser uma pessoa emotiva foi algo que me prejudicou, pois eu me colocava na condição de coitadinha para as pessoas e, principalmente, para Deus. Foi então que aprendi que o problema estava na minha mente, na inconstância das minhas vontades.”
Depois de conseguir a liberdade tão almejada, Ingrid sente-se bem distante da opressão, dos traumas e do peso do passado. “Sou uma mulher de Deus. Acredito em mim mesma, luto por aquilo que desejo por meio da minha fé. Deus comprova para mim que nada é impossível. Ele faz de mim uma pessoa realizada”, finalizou Ingrid.
Hoje ela desfruta de um ótimo relacionamento familiar, ama e respeita seu pai e está estudando para se tornar esteticista.

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Colaborador

Por Flavia Francellino / Fotos: Demetrio Koch