Índios da tribo Xavantes assistem ao filme “Nada a Perder”

Eles enfrentaram seis horas de viagem para chegar ao cinema. Veja como foi

Imagem de capa - Índios da tribo Xavantes assistem ao filme “Nada a Perder”

Logo pela manhã, eles já estavam prontos e se apressavam para tomar seus lugares no ônibus confortável, que foi até o município de Nova Xavantina, no interior do Mato Grosso, especialmente para levar aproximadamente 40 índios da tribo Xavantes até o Barra Center Shopping, localizado na região Centro-Oeste do estado, onde está sendo exibido o filme “Nada a Perder”, que conta a história real do Bispo Edir Macedo.

A viagem, que levou cerca de seis horas, valeu a pena. “Quando falamos sobre o filme para os índios, eles ficaram muito ansiosos para assistir, sendo que a maioria nunca tinha ido ao cinema”, comentou o Pastor Adão dos Santos Silva, responsável pelo trabalho evangelístico com a tribo.

A alegria tomou conta de todos e, quando chegaram ao destino, resolveram – em um gesto de fé – dar as mãos e entoar uma canção na língua tribal. Veja no vídeo abaixo como foi esse momento:

Quem são os Xavantes e o que a Universal faz no meio de uma tribo?

Os xavantes são um grupo indígena que habita o leste do estado brasileiro do Mato Grosso, bem como o Noroeste de Goiás, nas Colônias Indígenas Carretão I e Carretão II. Espalhados pela região da Serra do Roncador e do Vale do Araguaia, os Xavantes já dominaram grande parte da região Centro-Oeste brasileira. Originários de Goiás, migraram para o Mato Grosso no século XIX fugindo dos aldeamentos de colonização no interior do estado. A migração durou alguns anos e, após atravessarem o Rio Araguaia, entraram em conflitos com os índios Karajá que ocupavam a região da Ilha do Bananal.

O trabalho evangelístico da Universal chegou até a tribo dos Xavantes na década de 90. Desde então, centenas de indígenas já se renderam à fé.

“Desde 1993, realizamos o trabalho com os índios e é maravilhoso, pois eles têm sede da Salvação. Infelizmente eles ainda são muito discriminados, mas apesar de tudo eles são muito educados e prestativos conosco. E a fé deles, quando despertada, traz grandes resultados. No ano de 1993 eles andaram mais 150 km a pé, levaram 3 dias andando à procura da Universal, porque havia uma mortandade de crianças e isso trazia muita tristeza a todas as aldeias. E quando a Igreja chegou por lá as crianças passaram a ter saúde. Hoje, as reuniões da Universal no local são realizadas pelo Pastor indígena Benjamin, todas as terças, quartas e sextas-feiras, e aos domingos”, finalizou o Pastor Adão.

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Colaborador

Por Sabrina Marques / Fotos: Cedidas