A memória do Holocausto

Nas décadas de 1930 e 1940, o preconceito gerou o extermínio de milhões de judeus. Atualmente, a intolerância continua causando danos à sociedade

Imagem de capa - A memória do Holocausto

Em tributo ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) organizou uma cerimônia em Nova York. O evento ocorreu no último dia 27 de janeiro e teve início com uma homenagem aos sobreviventes que estavam presentes. Em seguida, houve um minuto de silêncio dedicado às vítimas do genocídio.

A data foi instituída em 2005 para que este episódio seja relembrado pelas gerações futuras e para que os erros de um passado triste não se repitam.

Em 1933, a perseguição aos judeus se intensificou na Alemanha Nazista. Adolf Hitler, líder do Partido Nazista, concebeu como solução o holocausto. O objetivo era exterminar toda a raça judaica na Europa. O total de mortos durante o período do massacre foi de cerca de 6 milhões.

Em 27 de janeiro de 1945, data que marca o fim do regime genocida, os prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, foram libertados. Neste local, mais de 1,1 milhão de indivíduos foram assassinados. Muitas pessoas não judias também foram perseguidas e mortas por causa de sua origem, orientação política ou sexual. Atualmente, a área está incluída na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco como um símbolo e uma prova dos crimes cometidos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o holocausto não foi simplesmente o resultado da insanidade de um pequeno grupo de criminosos, mas o apogeu de milênios de discriminação contra os judeus. Ele lembrou que o antissemitismo continua a proliferar no mundo, aliado às crescentes manifestações violentas, como extremismo, xenofobia e racismo. “O mundo tem o dever de lembrar que o holocausto foi uma tentativa sistemática de eliminar o povo judeu e tantos outros”, declarou em vídeo.

Século 21

Lembrar dos episódios da história nos permite imaginar o ponto a que a maldade humana pode chegar. Na atualidade, o holocausto adquiriu novas feições, mas ainda possui a mesma essência, pois muitos ainda são feridos e mortos. Em todo o mundo, as minorias e os excluídos ainda sofrem com o desprezo e a intolerância. Falta respeito às diferenças.

Por isso, a luta contra todos os tipos de violência deve ser constante, pois o respeito e a paz são direitos de todos.

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Colaborador

Por Débora Vieira / Fotos: AFP