O amor ao próximo é maior do que qualquer dificuldade

João Batista tem deficiência visual, mas isso não o impede de realizar visitas aos presidiários e às suas famílias

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Quem ama não procura os próprios interesses, mas se doa e estende a mão ao outro independentemente de quem seja, tanto um ente querido quanto um estranho. O verdadeiro amor começa quando você atenta ao que o outro precisa e não ao que você necessita. Ele existe quando você foca no que tem que fazer pelo outro e não no que ele deve fazer por você. O amor que Deus criou é aquele que visa dar, sem estar preocupado em receber.

O serralheiro João Batista, de 61 anos, (foto ao lado) é um exemplo. Ele é um voluntário atuante no Grupo dos Presídios da Universal. Há 13 anos João realiza esse trabalho semanalmente com os presidiários e suas famílias. O serralheiro sempre foi muito dedicado e atencioso com aqueles que se encontram em um momento de angústia e de desesperança.

Há oito anos ele descobriu que estava com diabetes e, em consequência da progressão da doença, ficou cego. “Fiquei um pouco abatido e não sabia o que fazer, mas Deus me deu forças para superar os obstáculos. Eu não perdi a garra, porque sei que a única pessoa que pode me parar sou eu mesmo e, por isso, escolhi ir em frente e dar continuidade ao trabalho”, afirma.

João se alegra em desempenhar esse trabalho. Todos os domingos pela manhã ele evangeliza as famílias dos detentos. Essas pessoas passam a madrugada na porta do presídio aguardando o horário da visita e muitas se encontram com o semblante carregado. E, por meio de uma palavra de esperança, é possível ajudá-las a sair dali com outra perspectiva. João afirma que nunca se deixará abater pelos problemas porque fazer o bem às pessoas é o gratificante para ele.

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Colaborador

Por Michele Francisco / Foto: Cedida