Golpe do cartão de crédito na portaria

Todo cuidado é pouco para não cair na cilada

Imagem de capa - Golpe do cartão de crédito na portaria

Golpes com cartão de crédito são mais frequentes do que imaginamos. A cada dia surge uma nova modalidade desse crime e ela passa despercebida pelos usuários. A “moda” da vez é interceptar os cartões de crédito que são entregues na portaria dos prédios.

O suposto dono do cartão liga para o porteiro no telefone fixo da portaria e pede para que ele entregue o cartão, quando chegar, a uma terceira pessoa. Muitos porteiros acatam esse pedido, pois acreditam que a ligação, de fato, foi do morador.

Algumas horas depois o carteiro entrega o envelope com o cartão de crédito e, minutos depois, a pessoa mencionada no telefone passa para retirá-lo. E o golpe é efetuado com sucesso.

Vitima

Pedro*, morador de São Paulo, quase foi vítima do golpe e contou com exclusividade à Folha Universal como tudo aconteceu. O porteiro do prédio recebeu a ligação de um homem dizendo que era ele, mas suspeitou da voz que ouviu ao telefone. Então, quando a pessoa que viria buscar o cartão chegou, ele optou por dar uma desculpa. Assim que Pedro chegou ao prédio, confirmou que não havia sido ele quem tinha ligado.

Ao pegar o cartão, Pedro viu que se tratava de um cartão de crédito em seu nome com alto limite. E também que estava sem a senha, que provavelmente já estava em poder dos golpistas, uma vez que costuma ser entregue antes da chegada do cartão.

Ainda desconfiado, ele preferiu ir até a agência bancária, pois não havia solicitado aquele cartão. O gerente informou que o cartão era verdadeiro, mas, como os serviços de cartão de crédito são terceirizados, a agência não tinha nenhum envolvimento e cogitou a possibilidade de o golpe ter participação de algum funcionário da fornecedora de cartões.

A ação do porteiro foi primordial para que Pedro não fosse mais uma vítima. Os cuidados para não cair no golpe parecem simples, porém muitos desconsideram os detalhes. Confira as dicas do quadro acima. Elas podem evitar que você seja a próxima vítima.

*O entrevistado pediu para que seu nome fosse trocado.

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Colaborador

Por Maiara Maximo / Foto: Fotolia