Onde você passa o Dia dos Pais?

Os voluntários do Grupo dos Presídios passaram ao lado de parentes de detentos, no Centro de Detenção Provisória em São Paulo

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“É a primeira vez que venho aqui. É triste ter que visitar um filho na prisão no Dia dos Pais, mas, com o apoio dos voluntários da Universal, me sinto mais animado para ajudar meu filho”, desabafou com lágrimas nos olhos o aposentado Antônio Moreira, de 70 anos, ao se deparar com os voluntários do Grupo dos Presídios. No dia 14, o grupo esteve no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Paulo, no bairro do Belém, na zona leste.

Mais de 120 voluntários prepararam um café especial para os familiares dos detentos do CDP. Além disso, eles deram uma palavra de fé, força e coragem a todos que estiveram presentes.

Às 6 horas, os voluntários seguiram para o CDP com o bispo Afonso Silva, coordenador do grupo de Evangelização nos Presídios no Brasil.

Para o bispo, o café oferecido é pouco, se comparado ao poder de uma palavra de esperança dada pelos voluntários. “Quando fazemos esse trabalho, procuramos nos colocar no lugar das pessoas e isso nos faz valorizar o que Deus já fez por nós e nos dá ainda mais felicidade de ajudar o próximo”, relatou o bispo.

Uma nova chance

Recomeçar não é uma tarefa fácil. É preciso força de vontade, empenho e muita dedicação. Por isso, o Grupo dos Presídios de São Paulo realiza um trabalho evangelístico comm os reclusos e seus familiares três vezes por semana, para levar a eles a esperança de ter a vida transformada.

O vendedor Antônio Carlos de Souza, de 37 anos, (foto ao lado com sua esposa) é uma das pessoas que conseguiram se reerguer e construir uma nova história. Ele era viciado em drogas, bebidas e chegou a ser preso por causa de seu envolvimento com o crime. Hoje pode ajudar quem está passando o mesmo que ele passou um dia.

“Por meio do trabalho que a Universal faz nos presídios, tive minha vida transformada, sou casado, levo uma vida digna e posso ajudar outras pessoas a encontrar a esperança que um dia encontrei”, ressaltou.

A cada visita surge uma nova esperança para os familiares de que ter um ente querido no Centro de Detenção Provisória é apenas uma fase e que muito em breve poderão comemorar a liberdade de uma vida transformada por meio da fé. “A nossa maior vontade é que essas pessoas saiam, além da prisão física, da espiritual”, finalizou o bispo.

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Colaborador

Por Rafaela Dias / Foto: Robson Fantiny