Pesquisa israelense aponta risco de problemas cardíacos em crianças após vacinação contra COVID-19

O estudo foi divulgado recentemente, mas a incidência é mínima

Por meio de um sistema de vigilância nacional, o Ministério da Saúde de Israel divulgou um estudo que aponta maior chance de desenvolvimento de problemas cardíacos entre meninos de  12 a 15 anos, após tomarem a vacina da Pfizer, contra a COVID-19.

Esse dado vem em comparação a pessoas não vacinadas e outros grupos. Contudo, a taxa de incidência ainda é mínima. De acordo com os resultados divulgados, foram relatados a hospitalização por miocardite entre 2 de junho e 20 de outubro de 2021, entre adolescentes nessa faixa etária. Ocorrendo em até 21 dias após a primeira dose da vacina e em 30 dias após o recebimento da segunda dose.

Porém, sendo revisados ​​por um cardiologista e um reumatologista, os números encontrados são baixos. Deste modo, as estimativas de risco por pessoa foram menores do que os riscos relatados anteriormente entre as pessoas do sexo masculino de 16 a 24 anos de idade. Porém, foram ligeiramente maiores do que a estimativa dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Dessa forma, fica claro que existem maiores riscos para crianças que não se vacinarem entrarem estado grave devido à COVID-19, do que desenvolver miocardite por causa da vacina.

Nova determinação na Suécia

Em contrapartida, a Agência de Saúde da Suécia resolveu não recomendar a vacina contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos. “Com o conhecimento que temos hoje, com um baixo risco de doença grave para as crianças, não vemos nenhum benefício claro em vaciná-las”, afirmou a presidente da agência, Britta Bjorkholm.

Mesmo assim, crianças em grupos de risco ainda podem receber a vacina no país. A agência declarou que a decisão pode ser revista se o cenário mudar, em pesquisas futuras ou na ocorrência de uma nova variante.

 

 

imagem do author
Colaborador

Redação / Foto: iStock