A estrategista de marketing Tais Barbosa Soares, de 24 anos, nasceu no extremo sul da cidade de São Paulo. Ela foi criada pela mãe com o irmão mais velho. Seus pais se separaram antes de seu nascimento. “Cresci com a ausência de um pai, mas com a presença de uma mãe muito guerreira. Conhecemos a Igreja Universal quando eu era criança. Me lembro que passávamos por uma situação financeira difícil e lá encontramos apoio”, esclarece.

Ela conta que ouviu falar sobre Jesus durante a infância, quando frequentava a Escola Bíblica Infantil (EBI). No entanto, como sua família não se firmou na Fé, Tais só ia à Igreja uma vez ou outra. Anos depois, ela se envolveu com amizades que a incentivaram a buscar “curtição”. “Na adolescência, me envolvi com amizades e, antes mesmo de completar 15 anos, já saía para bailes funk e ali passei a beber. Iniciei um relacionamento com um rapaz oito anos mais velho do que eu e foi quando intensifiquei o consumo de bebidas alcoólicas e as idas a baladas. Aí, tudo virou uma bola de neve”, explica.

Depois de um ano, Tais decidiu terminar o relacionamento e passou a se dedicar aos estudos. “Comecei a estudar. Eu fazia curso técnico e trabalhava. Com trabalho e dinheiro, voltei para a curtição e passei a viajar sozinha, a ir a festas, a me relacionar com homens mais velhos, a usar drogas e uma falsa liberdade começou a me aprisionar”, relata. Aos poucos, a situação dela piorou. “Embora fizesse tudo para me divertir, eu me sentia vazia, triste, não conseguia dormir, tinha medo e a ansiedade me levou a tomar calmantes. Me sentia insegura. Eu estava gritando por dentro, mas ninguém percebia”, afirma.

Em 2020, ela conta que viveu o fundo do poço. “Ao realizar um trabalho, conheci um rapaz, mas eu, que não queria me apegar, encontrei nele o que eu achava que me faltava: atenção, carinho e amor. Ele tinha características que eu sempre dizia que não queria em um homem, mas, quando percebi, eu estava totalmente diferente do que eu era antes. Os lugares que eu frequentava e o meu jeito mudaram. Com pouco mais de um mês, descobri que ele estava envolvido com coisas erradas e que toda aquela estrutura que ele me oferecia tinha um preço alto. Sem saber, corri risco de morte ao lado dele”, revela.

Em outra ocasião, ela conta que se envolveu em uma briga durante uma festa e quase perdeu a vida. “Dali em diante fiquei muito envergonhada, me sentia um lixo, apesar de tudo que antes eu achava que era. Comecei a sentir pânico e me achar a pior pessoa do mundo”, diz.

Na virada do ano, mesmo sem querer, ela foi com a mãe a uma Igreja Universal. “Eu mal conseguia fechar os olhos para falar com Deus, pois tinha vergonha. Naquele dia percebi que eu tinha me esquecido de Jesus e de tudo que ouvi na infância. Eu tinha duas opções: desistir da vida ou entregar minha vida para Deus”, ressalta.

Uma decisão mudou tudo
Atenta à pregação ministrada na Igreja sobre a Palavra de Deus, Tais revela que decidiu recomeçar sua vida, pois, no fundo, sabia que a solução para seus problemas estava em sua entrega a Deus. Assim, ela pegou firme nas correntes de libertação, abandonou amizades que não acrescentavam nada à sua vida e terminou o relacionamento amoroso que a distanciava de Deus. “Eu tomei a decisão de mudar e essa mudança começou de dentro para fora. Tive um encontro com Deus, me batizei nas águas e, ainda que tivesse lutas, percebi que Ele estava comigo, mesmo quando eu não merecia.”

Algum tempo depois, em uma reunião de domingo na Universal, ela recebeu o Espírito Santo. “O Espírito Santo me deu a certeza de uma nova vida. Hoje sou feliz e não preciso de festas, drogas ou de bebidas para ser feliz.” Para ajudar outras pessoas a encontrar a alegria que ela experimenta hoje, Tais atua como voluntária no grupo Universal no Socioeducativo, projeto que leva mensagens de Fé a menores que cumprem medidas socioeducativas.