Como manter a meningite distante
A doença, que atinge milhares de pessoas todos os anos, entrou, com razão, na mira da Organização Mundial da Saúde. Saiba como se proteger
A meningite afeta milhares de pessoas de qualquer faixa etária todos os anos. Ela é causada por uma inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Mesmo quando tratada, ela pode deixar sequelas e lesões permanentes e, por isso, quanto mais rápido for identificada, melhor. As portas de entrada para a doença podem ser tanto as gotículas de saliva como os objetos e ambientes contaminados.
No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica: entre 2007 e 2020 foram registrados 265.644 casos, segundo o Ministério da Saúde, sendo que a meningite de origem viral foi responsável por 121.955 casos. A forma mais letal da doença, a bacteriana, contabilizou 87.993 casos. As duas são as que mais preocupam do ponto de vista da saúde pública não apenas pelo maior número de ocorrências, mas pelo potencial de produção de surtos.
Em 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros desenvolveram a primeira estratégia global para a prevenção e o controle da doença. A campanha Defeating Meningitis by 2030: A Global Road Map (Derrotar a Meningite até 2030: Um mapa de estrada global, em tradução livre) pretende eliminar epidemias de meningite bacteriana e reduzir em 70% o número de mortes até o fim da década. Está claro para a OMS que muitos casos e mortes por meningite são evitáveis com a vacinação, mas, nesse jogo, o placar favorável à doença continua alto: a Sociedade Brasileira de Infectologia chegou a divulgar, em 2020, que a cobertura vacinal no País estava muito baixa (56,68%) para as imunizações infantis. Melhorar esse cenário é necessário não só para garantir proteção contra a meningite, mas também contra o sarampo, a coqueluche e a poliomielite.
Entender a doença é fundamental para neutralizá-la.
“O que temos de lembrar aos leitores é que, na presença de febre, rigidez e dor de cabeça, deve-se procurar o médico para fazer o diagnóstico. Apesar de a doença ser potencialmente grave e deixar sequelas, ela é tratável. Se a identificarmos rapidamente, a pessoa será tratada, poderá ser curada e ficar bem”, diz Inara Taís de Almeida, neurologista e neuroimunologista.
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