O que impede você de voltar?
Detidos por sentimentos, muitos estão afastados de Deus. Saiba como se livrar do que impossibilita você de recomeçar
A alegria de estar na Presença de Deus pouco a pouco foi dando lugar ao distanciamento. A necessidade de meditar em Sua Palavra como um guia para a vida não parecia tão necessária mais. As orações, que antes eram constantes, com o passar do tempo, quase não estavam mais sendo feitas e, quando estavam, soavam como uma obrigação. O temor de fazer a Vontade de Deus foi substituído pelo risco de fazer a própria vontade.
Pessoas que têm vivido dessa forma voltaram a praticar tudo aquilo de que um dia tinham se livrado. Saíram do lugar seguro que só existe com Deus e foram viver a partir de suas escolhas que só as tem envergonhado. Em meio ao sofrimento, elas até pensam em voltar, mas são impedidas por sentimentos ou pensamentos de dúvida. Elas pensam consigo mesmas: “depois de tudo de errado que eu fiz, não mereço. Deus não vai me aceitar”.
Contudo não é isso o que acontece. Uma das parábolas mais conhecidas, narradas pelo Senhor Jesus, foi a do filho pródigo (Lucas 15.11-32). Apesar de ter tudo de que precisava na casa de seu pai, um dia o filho resolveu viver longe de sua casa. E, apesar de seu pai estar vivo, ele pediu sua parte da herança e demonstrou com essa atitude sua ingratidão e seu desrespeito com quem sempre havia lhe dado tudo. Em seguida, ele partiu para uma terra distante.
Até que no lugar em que o filho estava houve fome e, como ele tinha gastado todos os seus bens, começou a passar necessidade. Para sobreviver, ele conseguiu um emprego como apascentador de porcos, mas, por ninguém lhe dar nada, desejou comer a comida dos animais. Essa situação revela a desonra e a humilhação que o pecado provoca em quem decide viver longe do Pai.
E ali o filho caiu em si e decidiu voltar para a casa de seu pai, reconhecendo que havia pecado contra ele e contra Deus. Ele achava que o pai poderia ao menos aceitá-lo como seu empregado.
Contudo sua surpresa foi grande quando seu pai logo o avistou, correu ao seu encontro, o abraçou, o beijou e pediu que seus servos vestissem nele a melhor roupa e colocassem um anel em seu dedo e sandálias em seus pés. Além disso, ele deu uma festa para comemorar a volta do filho que estava perdido e tinha sido achado.
Essa história se repetiu na vida de Dayse, Jeferson e Fabiana e você a lerá a seguir.
De obreira a serva de espíritos malignos
Aos 13 anos, a subgerente Dayse Cardoso, (foto abaixo) hoje com 41 anos, chegou à Universal. Em seguida, ela entregou sua vida a Deus e, aos 15 anos, começou a servi-Lo. “Eu era aquela obreira que dava tudo a Deus. Eu fui líder de grupo jovem, fazia visitas às pessoas e a minha vida era dedicada a cuidar das almas.”

Porém, com o decorrer do tempo, Dayse passou a cuidar espiritualmente mais das outras pessoas do que de si mesma. A falha em sua comunhão diária com Deus a deixou mais vulnerável aos enganos do próprio coração. Foi quando ela se apaixonou por um jovem traficante na comunidade em que ela morava. Assustada com o que estava sentindo, ela buscou orientação com seu pastor na igreja, mas a maneira como o assunto foi tratado gerou mágoa nela.
Por não estar bem espiritualmente, ela tomou a pior decisão da sua vida, como relata: “eu disse à minha irmã, que também era obreira, que eu não queria mais o uniforme de obreira e que queria fazer a minha vontade daquele dia em diante”. Na época, Dayse tinha 18 anos.

Dias depois, ela reencontrou o rapaz e decidiu se entregar ao sentimento que tinha por ele. Só que ali não tinha início apenas um relacionamento, mas também a jornada de Dayse na criminalidade.
“Em menos de seis meses, eu já tinha me tornado a Dayse mulher de um traficante da comunidade.”
Foram 12 anos casada e vivendo intensamente para o tráfico de drogas. Eles tiveram três filhas e, apesar de tudo o que conquistaram, as traições e as agressões físicas eram constantes.
“Com depressão profunda, por várias vezes tentei tirar minha própria vida. Eu ia da ilusão de uma felicidade momentânea à vontade de me matar em segundos”, revela.
Dayse decidiu se separar e, decepcionada, passou a ter relacionamentos também com mulheres. Entretanto outra situação desfavorável estava prestes a acontecer para aquela que um dia ajudou as pessoas a se libertarem do mal: servir aos espíritos malignos. “No começo foi um pouco assustador, mas cheguei a ponto de pegar um animal, destrinchar com meus próprios dentes e tomar o sangue dele”, conta.
Ela diz que nessa época sua vida estava “mais do que destruída” e tinha consciência que aquele sofrimento era resultado do seu afastamento de Deus. Contudo, quando pensava em voltar para Ele, ela tinha pensamentos de que passaria vergonha, de que não precisava estar na igreja para ser amada por Deus e de que o inferno não existia. “Eu estava tão cega espiritualmente que passei anos em frente a uma Universal próxima da minha casa e nunca tinha percebido que era uma igreja”, destaca.
Até que ela conheceu o vendedor José Cardoso, de 38 anos, e eles começaram a namorar. Ele também carregava uma série de problemas, a ponto de tentar, na frente dela, se suicidar. Foi nesse momento que ela se lembrou do tempo que orava a Deus e, então, fez uma oração pela vida dele. Naquela mesma noite, ele assistiu a um programa da Universal e passou, em seguida, a participar das reuniões. Pouco depois, ele convidou Dayse para que fossem juntos à igreja. Ela se recorda como foi aquele dia: “eu tinha deixado de amar o Senhor Jesus, mas o Senhor Jesus nunca tinha deixado de me amar. Eu entrei para assistir à reunião e a Palavra foi toda para mim. Depois de 20 anos, eu sentia vontade de estar próxima de Deus novamente”.
Dayse conta que a vergonha e o medo de ser julgada tornaram seu processo de libertação mais difícil. “Eu me sentia imunda e já não acreditava que teria uma nova oportunidade.” Então, em uma campanha de Fogueira Santa, ela entendeu que precisava ter o Espírito Santo. “Tirei as imagens relativas aos espíritos de dentro de casa, me livrei da mágoa e, quando eu subi no Altar, falei para Deus: ‘Senhor, me perdoa. O Senhor me deu essa oportunidade e, se o Senhor entrar dentro de mim, eu farei tudo diferente’.”
Assim, a vida de Dayse e de sua família foi restaurada. Ela e José se casaram e suas três filhas hoje a veem como referência de fé. “Hoje eu sou livre, tenho o Espírito de Deus e um relacionamento que eu achava que nunca teria com um homem de Deus. O mais importante, porém, é que tenho a certeza da minha Salvação. Deus é maravilhoso”, conclui.
Dentro da igreja, mas longe de Deus
O fabricante de calçados Jeferson Marques, (foto abaixo) de 40 anos, não tem a menor dúvida quando declara que a sua melhor escolha foi voltar para a Presença de Deus. Ele começou a se afastar quando ainda estava dentro da igreja, assim que deixou que a mágoa sujasse seu coração.

Alguns meses depois de ter chegado na Universal, aos 18 anos, seu desejo de servir a Deus foi despertado. Ele logo se tornou obreiro, era dedicado no grupo de evangelização e aos jovens da igreja e não demorou para que aceitasse o chamado de Deus para ser pastor.
“Eu comecei a auxiliar os pastores, a cuidar do povo, a ter zelo em relação ao atendimento das pessoas e, com o passar do tempo, comecei a ter responsabilidades maiores, como cuidar de uma igreja.”
Até que Jeferson foi transferido para uma igreja e começou a ter divergências com o pastor responsável que, segundo ele, tinha um comportamento inadequado na Obra de Deus. “Eu comecei a manchar meu coração em relação a isso. Eu nunca gritei com ele nem retrucava o que ele dizia, mas eu fazia de conta que ele não existia. Eu o auxiliava, mas tinha mágoa dele.”

Esta mágoa foi conduzindo Jeferson a um estado de esfriamento espiritual, como ele descreve: “eu não saía mais para evangelizar. Só orava na reunião, não jejuava mais e lia a Bíblia apenas para preparar a reunião. Eu não tinha mais prazer nem alegria e fazia tudo de maneira mecânica. Às vezes, eu não conseguia levantar a minha cabeça para falar com as pessoas. O que uma pessoa com mágoa tem para passar?”, indaga.
Foi quando, de acordo com Jeferson, uma determinação injusta do pastor fez com que ele decidisse abandonar a Obra de Deus e, por não estar bem em sua vida espiritual, se afastar dEle. Ele foi morar com um parente e seu primeiro emprego foi como garçom em uma festa. Em um período de dois meses, Jeferson já estava viciado em álcool e cigarro, e, à medida que o tempo passou, sua situação piorou. “Em cinco anos, trabalhei em três danceterias, com sonorização. Às vezes, eu cheirava cocaína para conseguir trabalhar. Aparentemente, eu estava ganhando muito bem, mas gastava tudo com drogas e cheguei a ponto de morar na rua.” Ele diz que seu envolvimento com tudo o que era contrário à Palavra de Deus o fazia não ter lembranças de que um dia esteve no Altar como pastor.
Depois de uma dessas farras, Jeferson quase morreu em um acidente de carro e, naquele instante, entendeu que se tratava de um aviso de Deus para que ele voltasse para a Sua Presença.
Contudo sua vergonha falava mais alto. “Como fiz muita coisa errada, eu achava que as pessoas não iriam se aproximar de mim. Eu evitava passar até na mesma rua em que existia uma igreja. O meu pensamento era que o diabo me erguia como um troféu. Na minha cabeça, ele falava alto: ‘eu consegui te derrubar’.”
Em 2010, depois da insistência de mais de seis meses de um obreiro, Jeferson decidiu participar de uma reunião. “Eu falei para Deus que queria ter um reencontro com Ele”, recorda. Quando começou uma campanha da Fogueira Santa, ele decidiu abrir mão da vida que levava e, durante uma oração em casa, ele recebeu o Espírito Santo. “Em meio àquela vida bagunçada, eu comecei a ter direção. Passei a meditar na Palavra de Deus e o Espírito Santo começou a falar comigo e a me dar orientação. Quanto mais eu buscava a Deus, mais eu me fortalecia.” Atualmente como obreiro, Jeferson auxilia na Força Jovem Universal (FJU) ao lado de sua esposa. “Hoje eu não sou apenas servo, mas filho. Sou uma oferta viva na mão de Deus.”
Aos que estão afastados de Deus, ele deixa uma orientação: “abandone a preocupação com o que os outros estão pensando de você e deixe o vento do Espírito Santo levar esses pensamentos errados. Lembre-se que somente na igreja existe o Altar que é a base de tudo”, encerra.
A ovelha perdida
Quando chegou na Universal aos 16 anos, a secretária Fabiana Martens, (Foto abaixo) hoje com 40 anos, só queria a cura do filho, se libertar da opressão e ter paz. Apesar de integrar o grupo jovem, ela se preocupava apenas em solucionar seus problemas. Por não priorizar o Único capaz de nos convencer de nossos erros e nos ensinar a justiça, ela não aceitava o que era ensinado pela Bíblia e, como não A obedecia, não conseguia ser uma mulher forte espiritualmente. Assim, os problemas a fizeram se afastar de Deus.

“Meu primeiro marido não aceitava a igreja nem Deus e toda vez que eu queria ir à igreja, eu era agredida fisicamente por ele. Me afastei justamente por não aguentar mais isso e, assim, a minha vida só piorou. Costumo falar que eu não cheguei no fundo do poço, mas já estava no fundo do poço e o cavava ainda mais”, diz.
O primeiro casamento de Fabiana chegou ao fim e, com dois filhos, ela se casou novamente. Desta vez não havia brigas, mas traição por parte do marido. Fabiana teve mais dois filhos e apresentou um quadro de depressão. “Eu não tinha forças para levantar da cama, pedia demissão de todos os empregos, agredia meu marido e tentei várias vezes matar meus filhos e me matar.”
Em uma dessas tentativas, Fabiana pegou o filho caçula, na época com pouco mais de um ano, e pensou em se jogar do décimo andar do prédio onde morava. “Naquele instante, ouvi na minha mente: ‘não faz isso, pois há alguém que te ama. Tem jeito sim para a sua vida e você não precisa passar por isso’. Isso foi tão forte que eu não consegui pular. Eu me senti tão envergonhada que disse que aquela tinha sido a última vez que eu tentaria me matar.”

Era época da pandemia de covid-19 e as igrejas estavam fechadas. Assim, Fabiana passou a assistir à programação da Universal pela TV. Certa vez, ela soube que haveria uma vigília no lar e resolveu participar dela. “Eu fui para o meu quarto assisti-la e teve um momento que o Bispo falou que Deus era como o pastor que, mesmo tendo cem ovelhas, quando uma se perdeu, Ele deixou as 99 e foi buscar a que tinha se perdido. Aquela palavra tocou meu coração e vi que Deus estava ali me resgatando. Eu orei como nunca a Deus e Lhe disse que se Ele me desse mais uma oportunidade eu a agarraria com todas as minhas forças e não O decepcionaria de novo. Eu senti um alento e aquela dor acabou imediatamente.”
Logo as igrejas reabriram, Fabiana se batizou nas águas e priorizou a Quem ela não tinha dado a devida importância antes: o Espírito Santo. Seu maior desafio, segundo diz, foi vencer o orgulho e suas opiniões. Assim, durante uma Campanha da Justiça, ela pediu ao Justo Juíz o que ainda lhe faltava: a Presença dEle. Ela descreve o que aconteceu: “eu fui tomada da paz que eu sempre sonhei e busquei por anos. Ele disse na minha mente: ‘Eu sou contigo’ e, hoje, podem falar qualquer coisa, porque eu sei que Deus é comigo, de onde Ele me tirou e o que tirou de dentro de mim. A preciosidade que Ele me deu, o Espírito Santo, é imensurável”.
Agora, forte internamente, ela não deixa que os problemas abalem a sua fé. Pelo contrário, eles só a tornam mais fortalecida. Tanto que um tempo depois, com perseverança, o seu marido também se entregou a Deus e recebeu o Espírito Santo. Hoje ela testemunha: “eu não penso em morrer, mas sei perfeitamente para onde vai a minha alma. Priorizo o Espírito Santo, pois é Ele Quem mantém o meu casamento, a minha família e a minha Salvação”, conclui.
Festa por você
Durante o programa Inteligência e Fé, o Bispo Renato Cardoso destacou que não foi à toa que Jesus deixou a história do filho pródigo registrada nas Sagradas Escrituras. “Esse filho comprovou com todas as piores experiências que podia provar e viver na sua vida que o mundo que ele tanto amava, admirava e cobiçava não era nada daquilo que ele pensava.”
Qual é a lição que você que está afastado de Deus pode tirar dessa história? A lição, diz o Bispo, é que, assim como uma decisão daquele jovem arruinou a vida dele, ao tomar outra, de voltar para o pai, ele mudou sua história. “Se você hoje tomar uma decisão, vencer esse orgulho e disser: ‘Pai, eu pequei, eu errei, me aceita de volta, eu quero voltar’, o Pai vai dar uma festa para você. Será uma festa, porque é assim que o Céu funciona. Há mais alegria no Céu por um pecador que se arrepende do que por 99 justos que não precisam de arrependimento. Ele está esperando por você”, afirma o Bispo Renato.
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