A assistente de departamento pessoal Natali da Silva Jesus, de 30 anos, relembra que seu passado foi triste e que tudo que ela mais queria era preencher o vazio que existia dentro dela. Ela diz que cresceu em um lar destruído, pois seus pais tinham se separado quando ela ainda era criança.

“Eu via muitas brigas em casa. Minha mãe me deixava sozinha com meus irmãos e ia para o bar beber e meu tio, quando nos encontrava naquela situação de vulnerabilidade, ia atrás dela e a agredia na nossa frente. Era um inferno”, recorda.

Por causa da desestruturação familiar, Natali passou a nutrir ódio pela sua mãe. Na adolescência, ela via vultos e tornou-se agressiva. Diante desses problemas, ela diz o que fazia: “eu tentava preencher o vazio com amigos, baladas, relacionamentos, bebidas e drogas. Comecei com o cigarro, a maconha e a cocaína, depois fui para o lança-perfume, ‘mesclado’ (maconha com crack) e cola de sapateiro. Cheguei a roubar minha mãe para usar drogas”, afirma, mas enfatiza que nada disso a preenchia, pois ficava feliz por um período e logo se deparava com a sua realidade.

Depois de passar por vários relacionamentos malsucedidos, Natali pensou que não seria feliz com homens e passou a se relacionar com mulheres, mas o vazio continuava. Então, ela pensou que a solução seria tirar a própria vida. “Eu era totalmente deprimida, não tinha perspectiva de vida e não conseguia me concentrar nos estudos. Vivendo assim, eu achava que não passaria dos 15 anos”, relembra.

Natali relata qual foi seu fundo do poço: “eu comecei a me relacionar com algumas pessoas em troca de drogas”. Ela recorda que ficava diversos dias fora de casa, frequentando baladas, faltava na escola e que os pensamentos de morrer aumentaram cada vez mais.

Foi quando Natali recebeu um convite para ir à Universal. Ela lembra que ao chegar na Igreja ela se sentiu acolhida e encontrou em Deus o refúgio que tanto procurava. “Aquela era a minha chance de mudar minha história e eu a aproveitei”, ressalta.

Ela diz que o início na fé não foi fácil, pois ela ainda não tinha abandonado algumas atitudes do passado, mas ela persistiu, como relata: “havia dias que eu chegava em casa e me deparava com alguém me esperando para me levar em algum lugar. Então, precisei abandonar as velhas amizades e focar na mudança que eu queria”. Ela diz que surgiam em sua mente os pensamentos de que ela não iria conseguir e que os momentos bons passariam logo, mas ela os combatia. “Eu pensava que aqueles momentos bons logo iriam acabar, pois as coisas boas não costumavam durar muito em minha vida, mas eu perseverei.”

Quando Natali tomou conhecimento do poder de Deus e do que Ele podia fazer em sua vida, ela, enfim, decidiu se entregar a Ele. Ela colocou toda a sua força em conhecê-Lo e, perseverando na fé, recebeu o Espírito Santo. Assim, todo o seu interior foi preenchido. “O Espírito Santo é o bem mais precioso que alguém pode ter e Ele me preencheu e me trouxe alegria. Sem Ele, não sei o que seria de mim”, assegura.

Ela encontrou a paz que tanto buscava. Ela perdoou a mãe, tem um bom relacionamento com sua família, se formou em recursos humanos, tornou-se uma profissional bem-sucedida e conquistou sua independência financeira. “Não preciso mais me drogar ou me relacionar com alguém para me sentir feliz, pois o Espírito Santo é a razão da minha alegria. Hoje minha vida está completa e foi colocada à disposição de Deus para ajudar outras pessoas”, conclui.