Vale a pena colocar em risco a própria vida?
Pesquisadores desenvolvem aplicativo para mapear áreas perigosas para fazer selfies
Parece absurdo, mas é realidade: desde 2014, mais de 127 mortes aconteceram por causa de selfies tiradas em situações de risco. Por causa disso, pesquisadores norte- americanos desenvolvem um aplicativo que alertará os “fotógrafos” de autorretratos no momento em que eles tentarem fazer registros em locais perigosos.
O aplicativo ainda está em fase de testes. Segundo publicação do portal BBC Brasil, as pesquisas incluem o mapeamento dos locais e causas das mortes por selfies em vários lugares do mundo.
A modalidade campeã de selfies perigosas é a tirada em lugares extremamente altos, sem nenhum equipamento de segurança. Ficar em pé na beira de precipícios, tetos de arranha-céus, antenas ou qualquer outro tipo de torre parece animar a galera que tem uma avassaladora vontade de aparecer. Pior ainda: há quem aprecie essa besteira.
Entre as situações de risco registradas estão nadar muito próximo a tubarões, chegar perto demais de outros animais perigosos, de trens em disparada e de vulcões em erupção, além de brincadeiras imprudentes em carros em movimento ou com armas. Não é de se admirar que algumas tentativas de fotos terminem em mortes. E muitos ainda levam parentes, amigos e namorados ou namoradas para correr os mesmos riscos.
Entre as mortes registradas, a maioria se deu em lugares de extrema pobreza, como a Índia, que registrou 76 casos. No Paquistão foram nove. Por último ficaram os Estados Unidos, com oito mortes, e a Rússia, com seis.
Perder a vida?
O que faz alguém ter tanta necessidade de aparecer, de ficar “famoso”, a ponto de colocar a própria vida em perigo? Se, mesmo com equipamentos de segurança alguns esportistas ou trabalhadores que precisam estar nesses lugares podem se acidentar, o que dizer de quem não dá a mínima por sua integridade física?
Além de imprudência, morrer prematuramente por tão pouco é não dar valor algum à vida dada por Deus. Tudo em nome de uma fama efêmera, tudo para chamar a atenção de quem não dá a mínima para a integridade das pessoas das fotos.
Enquanto muitos lutam por suas vidas ao sofrerem com doenças sérias ou cumprirem tarefas profissionais perigosas, outros simplesmente jogam as suas fora por não serem racionais.
A futilidade sempre existiu, mas tem atingido níveis alarmantes nos últimos tempos. Como diziam os sábios mais antigos: “só existe um palhaço se houver plateia para ele”. Nesse caso, o autor da “performance” nem mesmo fica vivo para receber os “aplausos”. Vale mesmo a pena ficar conhecido por ter sido tão bobo?
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