Já imaginou perder um familiar por causa da internet?

Post revela como criminosos se aproveitam de informações nas redes sociais para atingir você

Imagem de capa - Já imaginou perder um familiar por causa da internet?

Um post contando a história do sequestro de uma criança e replicado mais de 600 mil vezes no Facebook tem servido de alerta para muitos internautas. Não se sabe ao certo se a história é verdadeira, mas a postagem, feita pela norte-americana Cyndi Malvita, conta que uma menina de 6 anos foi levada da escola por um estranho, depois que criminosos acessaram informações sobre ela no perfil da mãe, onde aparecia uma foto da criança e o local onde ela estudava. Horas depois, a foto dela teria sido divulgada na internet, apresentando a idade e o preço pelo qual a menina poderia ser comprada. O final da história não é feliz e revela que a criança foi vendida para pedófilos. O alerta é para o fato de como criminosos se aproveitam de dados das redes sociais e que isso pode acontecer principalmente quando aceitamos pedidos de amizade de quem não conhecemos pessoalmente.

No Brasil

O caso mais recente e de grande repercussão no Brasil relacionado a criminosos que usaram informações do Facebook para um sequestro aconteceu em 2014. A vítima foi uma criança de 9 anos, em Ilhota, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Peterson da Silva Machado, de 32 anos, planejou tudo. Na época, o sequestrador contou que ao passar em frente à loja da família do garoto, um magazine de grande porte, resolveu buscar informações nas redes sociais e descobriu a escola que o menino estudava. “Vi um pôster de propaganda do lugar com duas pessoas famosas (posando). Daí comecei a ‘fuçar’ nos negócios. No Facebook mostra tudo. Se vocês puxarem lá vão ver como mostra tudo da vida pessoal. Mostra até dentro da casa deles”, disse o sequestrador. O menino foi pego no momento que brincava com um patinete motorizado na rua da casa em que morava.

A dica

Felizmente, a polícia conseguiu desbaratar a quadrilha que ajudava Peterson e o menino foi devolvido à sua família, mas casos como esse são mais que um sinal para termos cuidado com as postagens que fazemos. Navegar pela internet é como andar na rua. Você não anda por ela mostrando para todos os seus dados, o que você faz, a que hora faz e aceitando amizades de pessoas desconhecidas. Essa falta de cuidado pode facilmente fazer com que criminosos descubram os seus interesses, localizações relacionadas a você e à sua família, além da sua rotina. Restringir o acesso às suas informações é uma questão de responsabilidade pessoal. Use as ferramentas que as redes oferecem para isso e tente adicionar só quem você realmente conhece. Fica a dica.

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Colaborador

Por Eduardo Prestes / Foto: Reprodução