Sutilmente, a marca da besta avança

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O grupo empresarial Amazon, com negócios baseados na transação comercial pela internet, serviços de mídia por streaming e outras modalidades virtuais, está com um novo serviço chamado Amazon One, em que clientes pagariam suas contas em lojas físicas somente aproximando a palma da mão de um sensor de biometria.

O sistema já está sendo testado em Seattle, nos Estados Unidos, em uma loja de uma rede de supermercados. A Amazon diz que nas próximas semanas o estenderá a outras seis lojas da rede. Depois disso, disponibilizará o sistema para entrada em prédios comerciais, estádios, eventos, cinemas, teatros e outros lugares em que seja necessário apresentar ingressos.

A notícia despertou a atenção de cristãos de todo o mundo, pois, para muitos deles, é um trecho bíblico apocalíptico se tornando realidade: “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.” (Apocalipse 13.16-17)

Já faz tempo que muitos discutem o que seria esse sinal, a marca da besta, nas têmporas ou na mão, para que o comércio e qualquer outro tipo de transação comercial sejam feitos, que excluiria quem não aderir a ele

É completamente compreensível que discutam, pois, cada vez mais, a Humanidade fica refém da tecnologia digital. Mesmo os mais resistentes a ela acabam aderindo, seja pela praticidade, seja por não existir mais como realizar negócios da forma convencional com algumas empresas.

A biometria das palmas das mãos, aliás, já é utilizada há mais de uma década em empresas no Brasil, como em alguns bancos e para acesso a prédios comerciais e residenciais. Também são utilizadas as leituras das impressões digitais ou da retina.

Outro serviço já usado é o pagamento por débito ou crédito somente aproximando os cartões bancários das máquinas, assim como por telefones celulares cadastrados para isso. Bilhetes de transporte público também já são utilizados por aproximação do cartão em muitas cidades brasileiras e do exterior.

A velha discussão sobre a implantação de chips sob a pele para uso comercial ou para monitoramento das pessoas sempre volta. Agora nem mesmo os chips são necessários, pois basta a identificação da mão do usuário. Além disso, também há sistemas de identificação dos traços faciais. A mão e a fronte, como diz a Bíblia.

A quase total dependência dos telefones celulares pela qual a Humanidade passa não seria, levando em conta a referência bíblica, um dos sinais citados em Apocalipse? Cada vez mais, quem não tem um celular é quase impossibilitado de realizar certas operações financeiras.

Há lojas, inclusive físicas, em que só se pode comprar algo usando um app (sigla para aplicativo) próprio. E de que forma se usa um celular tradicionalmente, senão segurando-o com a mão e aproximando-o da têmpora para falar e ouvir? É a forma mais comum, apesar de já haver outras modalidades, como acioná-lo a distância pela voz ou mesmo com a câmera, que faz a leitura facial.

Aos poucos, os sinais apocalípticos vão aparecendo em nossas vidas. Muitos se espantam ao verem no noticiário as catástrofes naturais como terremotos, tsunamis, tempestades, incêndios florestais, assim como guerras, conflitos armados, crimes, mortes e agressões até mesmo em família. Mas, sutilmente, a marca da besta pode aparecer, segundo alguns, em uma simples compra em uma padaria, ao alugar um filme em plataforma de streaming ou ao solicitar um carro para se deslocar.

A sutileza do mal é grande, a ponto de esconder sua influência em tarefas simples do dia a dia, que não espantam ninguém em nada, especulam muitos. Apesar disso, muitos cristãos discutem esse assunto na teoria, mas na prática aderem a essas modalidades citadas, mesmo que seja por falta de opção.

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Colaborador

Redação / Foto: Getty images