Os exageros do photoshop

Nem sempre o que você vê nas capas de revistas ou nas campanhas de moda é uma imagem real e honesta

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A beleza é algo tão abstrato e plural que é estranho perceber que as capas de revistas e outdoors mostram sempre mulheres com o mesmo estereótipo de beleza. Chega a ser repetitivo.

Mulheres altas, sempre magras, com cabelos sempre lisos e escovados mostram uma imagem que distorce a diversidade brasileira. Mas isso não é tudo. O que você nem sempre percebe é que muitas dessas imagens veiculadas não são exatamente o que parecem.

Os corpos magérrimos não são fruto de mero favorecimento genético. Existe muita alteração de imagem. E bota alteração nisso! Um programa muito usado para embelezar e reduzir pequenas falhas ou linhas de expressão é o editor de imagens photoshop. O grande problema é quando ele é usado em excesso e muda completamente a aparência da pessoa. O resultado? O que você vê na capa da revista não é uma verdade, mas uma mentira.

E o problema é justamente esse. Há quem acredite que essas imagens são reais. Mas a pergunta que não se cala é: podemos acreditar (e aceitar) cegamente em um padrão minuciosamente articulado e editado? Quais consequências isso pode ter?

Realidade

Esse é um assunto que nunca se esgota. Pode até parecer clichê dizer que a mídia insiste em um único estereótipo. Mas é importante notar quantas mulheres abraçam esses padrões sem questioná-los.

Talvez a ideia de poder editar, retirar ou alterar tudo que deseja seja um sonho de muitas mulheres. Sempre tem algo que nos incomoda, que não está bom ou que pode melhorar. Basta ver a quantidade de dietas milagrosas que surgem todos os dias, cosméticos redutores, procedimentos estéticos e novidades fitness do momento.

Muitas mulheres passam a desejar a aparência artificial das capas de revistas, dos editoriais de moda e das celebridades. E o pior: rejeitam a própria aparência.

Focar em um jeans 38 como se fosse uma espécie de motivação pessoal tem sido o combustível de uma máquina geradora de mulheres frustradas, doentes e, principalmente, infelizes consigo mesmas. Muitas têm coragem para enfrentar um bisturi, mas não têm a força necessária para se orgulhar das marcas que o corpo coleciona ao longo dos anos ou das rugas que revelam a experiência vivida com o passar do tempo.

O que vem de dentro

A mulher que não poupa esforços para se encaixar nos padrões não trava uma luta contra a balança ou contra o espelho, mas com ela mesma. É ela que mais perde ao não se aceitar. É válido melhorar e fortalecer a autoestima, mas isso só é possível se você parar de se autossabotar. Por isso, sentir-se bem com você mesma é o melhor que você pode fazer. Afinal, é isso que torna uma mulher realmente bela.

O Godllywood visa auxiliar mulheres em toda e qualquer situação, desde que ela deseje realmente ser auxiliada e moldada para uma mulher melhor. Conheça mais sobre o grupo e saiba como participar dos projetos clicando aqui.

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Colaborador

Por Flavia Francelino / Foto: Reprodução