O projeto Universal nos Presídios (UNP) tem realizado desde 2020 visitas às famílias de pessoas que se encontram atualmente reclusas no sistemal prisional. A ideia da visitação surgiu após o Delivery Solidário, que aconteceu no dia 10 de maio de 2020 em comemoração ao Dia das Mães. Já naquela época, por causa da pandemia do novo coronavírus, muitos familiares dos detentos, principalmente suas mães, não podiam visitar seus filhos, maridos e outros entes queridos.

O responsável pelo trabalho da UNP no Brasil, o Pastor Clodoaldo Rocha, explica que o grupo percebeu, com aquela ação, a importância dos familiares dos reclusos serem acompanhados de perto. “Encontramos pessoas doentes, com dificuldades financeiras, com depressão e todas muito carentes acima de tudo de Deus. Ali identificamos que precisávamos fazer algo mais por elas.”

Então, com esse intuito, a UNP realizou, no dia 24 de janeiro, a primeira visitação em massa deste ano. Na oportunidade, cerca de 35 mil voluntários fizeram visitas a quase 55 mil familiares de reclusos em todo o País.

Respeitando o distanciamento social e as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS), os voluntários entregaram gratuitamente a Cartela de Acompanhamento Anual de 2021 para todos aqueles que desejarem receber o apoio do grupo no decorrer deste ano.

O Pastor Clodoaldo enfatiza que este primeiro contato com as famílias tem o objetivo de constatar a situação que elas vivem e identificar a maior necessidade de cada lar.

Amor ao próximo
A necessidade dessas pessoas chamou a atenção do serralheiro Walker Luiz da Silva Camargo, de 47 anos. Ele é voluntário da UNP no Estado de Goiás e conta que ficou sensibilizado quando chegou à casa de uma família: “a situação era tão difícil que até comida faltava. Além de doar cesta básica, percebi que o portão da casa, de tão enferrujado, estava quase caindo sobre as pessoas que passavam. Como sou serralheiro, me prontifiquei a consertá-lo sem cobrar nada, pois o meu pagamento era ver a esperança renovada no rosto daquela família. Foi um dia especial para mim e diferente da ajuda que costumamos dar às famílias”.

É por causa de histórias como essa que o trabalho de visitação é relevante. “Muitas vezes a família de uma pessoa presa vive situações de preconceito: mães são criticadas e tachadas de culpadas pelo fato dos filhos estarem preso, esposas estão solitárias e crianças crescem sem seus tutores. Quando chegamos nessas casas, logo vemos nos olhos a alegria, porque nos importamos com tudo que elas estão passando. Levamos a Palavra de Deus para levantá-las e, além disso, o básico para ajudá-las”, conclui o Pastor Clodoaldo.

A visitação acontece uma vez por mês em todo o Brasil. Se você deseja receber este tipo de apoio, pode entre em contato com o SOS Famílias pelo WhatsApp (11) 93026-7477.