Se pudéssemos resumir a vida cristã em uma palavra, ela seria “guerra”. Porém, esta guerra não é física, e sim, espiritual, do Reino de Deus contra o reino das trevas. E, obviamente, vencerá quem estiver espiritualmente forte.
Aqueles que se dispuseram a fazer a Obra de Deus – que é justamente desfazer as obras do mal, a começar pela própria vida em obediência à Palavra e, depois, resgatar das trevas os que se encontram perdidos por não conhecerem ao Criador – sabem o cuidado que devem ter com a própria alma antes de tentar salvar a de outros.
É pensando na vida daqueles que se colocam à disposição para servir a Deus que acontece aos sábados, às 18 horas, com transmissão direto do Templo de Salomão para todo o Brasil, a reunião para obreiros, colaboradores, evangelistas e membros.

Estas reuniões, como explica o Bispo Júlio Freitas, atual responsável pelos Obreiros no Brasil, abrangem orientações sobre caráter, serviço, Fé, conduta, arrependimento, resgate, batismo com o Espírito Santo e louvor. Elas tratam de orientações específicas para a organização e desenvolvimento do trabalho evangelístico local. Nas reuniões também são exibidos vídeos com estudos bíblicos, apresentados pelo Bispo, com o objetivo de desenvolver a Salvação.

Cuidados para cuidar
Há cerca de cinco meses à frente do trabalho, o Bispo Júlio conta que tem observado três do que ele considera como “pontos frágeis” na vida de muitos servos, requerendo, assim, mais vigilância por parte deles. O Bispo enumera: “a acomodação espiritual, que tem levado muitos a perderem a visão da grandeza que é fazermos parte da Obra de Deus; a ansiedade em buscar a realização de sonhos ou a resolução de problemas, e que demonstra uma falta de confiança; e o terceiro ponto, que é o fato de muitos iniciarem algo e não concluírem. Até têm disposição para iniciar, mas, diante de obstáculos, oposição, perseguições e decepções, acabam desistindo no meio do caminho, e isso é muito grave. Jesus associa a vida eterna à exigência da perseverança. Temos que perseverar constantemente.”
Por isso, em cada reunião temas inspirados pelo Espírito Santo são abordados. “Somos mais de 150 mil obreiros. O Espírito Santo nos revela, diante das necessidades, o que devemos fazer e confirma o trabalho nos mostrando na Palavra”, diz.

O Bispo alerta que aqueles que não têm valorizado ou feito tempo para não só participar das reuniões aos sábados e do programa Obreiros em Foco, como também viver diariamente os propósitos que estão sendo feitos especialmente para eles, ficam “envelhecidos” na Fé e não acompanham o desenvolvimento da Igreja. “Comprometem a Salvação deles e, consequentemente, a Obra de Deus porque acabam não tendo para dar.”

E se de um lado há os que não valorizam, por outro há aqueles que têm abraçado cada reunião como uma oportunidade de conservar e avivar ainda mais a Fé. “Eu os tenho visto como pessoas que estão em sentido de alerta. São como aquelas virgens prudentes que, além das lâmpadas, levaram azeite de reserva”, salienta o Bispo.

Ela apenas “fazia” a Obra
A auxiliar de sala Gabriela Peppe, de 23 anos (foto a esq.), é obreira há cinco anos na Universal da Freguesia do Ó, zona norte da capital paulista. Porém, durante quatro desses cinco anos ela serviu à Obra achando ter o Espírito Santo. “Fui levantada obreira, mas, no meu íntimo, diante de certas atitudes que eu tinha, havia sempre uma dúvida. Eu era tão fraca espiritualmente que eu não ia às reuniões de obreiros, eu simplesmente apenas ‘fazia’ a Obra.”

Até que, em um atendimento com a esposa do Pastor, Gabriela desabafou sobre seu real estado espiritual. Poucos dias depois ela foi selada com o Espírito Santo. “Eu recebi poder. Não teve emoção: eu tive a paz e a certeza que o Espírito Santo estava dentro de mim”, recorda.

Desde então, ela afirma que as reuniões de obreiros têm sido cruciais para a sua vida espiritual. “Cada reunião fortalece ainda mais a minha Fé e me faz entender muitas coisas que eu não estava enxergando”, conclui.