O dinheiro como senhor e as suas consequências

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Até que ponto o ser humano pode ir por amor ao dinheiro e qual é o limite para a conduta de cultuar o dinheiro acima de qualquer coisa?

Por que a ganância é capaz de transformar o ser humano em alguém desprezível e em motivo de perplexidade para familiares e amigos?

Seria a sede pelo poder? Basta ligar a TV no noticiário para descobrir que o homem é capaz de mentir, desviar, roubar, matar e prejudicar a vida de milhões de pessoas.

Este homem tem o dinheiro como o seu senhor. Quanto mais tem, mais está disposto a conquistar a qualquer custo. O cultuador do dinheiro ignora os ensinamentos bíblicos e despreza Jesus. Mal sabe ele que a verdadeira vida não se resume ao mundo material em que ele se emporcalha.

No universo dos trapaceadores, o Brasil é uma das grandes matrizes mundiais. Apenas durante esta pandemia do novo coronavírus, diversas ações têm sido deflagradas para apurar desvios de recursos. Nem uma calamidade mundial é capaz de demover alguns crápulas de atuar em prol de si mesmos.

No dia 1º de outubro, o Ministério Público de São Paulo, a Receita Federal e a Secretaria Estadual da Fazenda de São Paulo deflagraram uma operação contra um suposto esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo cinco distribuidoras de medicamentos, além de duas redes varejistas e uma associação nacional de distribuidoras de remédios. Os investigadores encontraram na residência de um dos alvos, sócio de uma rede de farmácias, em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, mais de R$ 9 milhões em dinheiro vivo em quatro gavetas de um armário. O dinheiro acumulado já criava até mofo.

Além disso, foram cumpridos 88 mandados de busca e apreensão em empresas e na residência de pessoas relacionadas ao esquema na capital paulista, em cidades da Grande São Paulo e nas regiões de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Marília, Piracicaba e Campinas.

Outros mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Goiás e Minas Gerais.

As fraudes causaram um prejuízo de R$ 10 bilhões aos cofres públicos nos últimos seis anos, segundo a investigação. Ou seja, ao longo desse período, fraudadores obtiveram benefícios à custa de toda a população, incluindo você que lê este texto.

As consequências negativas do desejo desenfreado pelo dinheiro não se resumem apenas aos criminosos. O crime de sonegação fiscal está relacionado a ações como omitir ou oferecer dados inexatos com o objetivo de evitar o pagamento de tributos. Com esses recursos, seria possível investir na saúde, na educação e no bem-estar de milhares de pessoas.

A Bíblia é clara. Em 1 Timóteo 6.10, lê-se: “porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” Não é possível servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo, alerta o texto bíblico em Mateus 6.24.

Você já parou para pensar se está servindo ao dinheiro? A adoração ao dinheiro se esconde em atitudes como fazer o chamado “gato” para evitar o pagamento de contas de água e luz, falsificar documentos para obter desconto indevido, cobrar a mais por um serviço e até cobiçar a situação financeira de outras pessoas. Há ainda os que murmuram o tempo inteiro por falta de dinheiro, esquecendo-se de cultivar a Fé e a esperança, e outros que querem se tornar ricos a qualquer custo. Será que é para satisfazer o próprio ego?

Quando acumuladas, essas atitudes reforçam a adoração ao dinheiro, afastando a pessoa do verdadeiro sentido da vida. Colocar o dinheiro como prioridade absoluta leva a sofrimentos de todos os tipos. Por isso, antes de questionar Deus sobre as coisas “erradas” que ocorrem em sua vida, pare para pensar em suas atitudes. É aí que pode estar o caminho para uma verdadeira transformação – ou para a total perdição.

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Redação / Foto: Getty Images