Mulheres bebem muito mais na quarentena, aponta pesquisa

Aumento do consumo de bebidas alcoólicas por mulheres cresce na pandemia

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O consumo de bebidas alcoólicas por mulheres aumentou consideravelmente durante a quarentena. De acordo com pesquisa realizada pela Universidade do Sul Flórida (EUA), o aumento foi maior entre as mulheres do que entre os homens.

A pesquisa mostra que o número de drinks diários feitos por mulheres subiu 16%. Entre os homens, o aumento foi de 1%. A maior parte dessas bebidas é consumida em frente às crianças.

Os autores do estudo ainda destacaram que mulheres são mais suscetíveis a males causados pelo consumo excessivo de álcool, como doenças no fígado e no coração.

A justificativa apontada pelos entrevistados para beberem mais é o estresse causado pela pandemia de COVID-19. Situações como desemprego, aumento dos afazeres domésticos, filhos em casa e isolamento social fazem com que as pessoas busquem refúgio no álcool.

De acordo com os autores do estudo, esse comportamento de consumo excessivo tende a ser levado para a vida pós-pandemia. Ou seja: o aumento do uso de álcool pode se tornar um vício.

A verdade sobre o vício

A pesquisa joga luz sobre uma característica existente em todos os vícios: a dependência é apenas um escape. Nesse caso, o aumento do consumo de álcool é uma forma de as pessoas “aliviarem o estresse” da nova rotina. Entretanto, assim como toda compulsão, quanto mais a pessoa bebe, mais ela precisa beber para obter os mesmos resultados. E a falta de bebidas alcoólicas passa a ser, em si, o motivo do estresse.

O Bispo Renato Cardoso, durante o programa Inteligência e Fé, explicou que “as pessoas, muitas vezes, não se dão conta de que o vício é um escape. A pessoa está tentando fugir de algo. Ela está tentando encobrir outro problema”.

“O vício se torna uma muleta para ela substituir algo que o dependente não consegue resolver na sua vida. Substituir aquela necessidade, aquela tensão, ou seja lá o que for que está quebrado na vida dela”, afirma o Bispo.

E como tratar?

É por esse motivo que tantas pessoas buscam remédios, internações e tratamento psiquiátricos, mas não conseguem se libertar do vício. Ou substituem um vício pelo outro, que faz tão mal quanto. Quantas pessoas param de fumar e aumentam o consumo de álcool, por exemplo?

Todos esses dependentes estão tratando o vício em si, mas não sua origem. O motivo que os faz serem viciados, em primeiro lugar.

“É por isso que uma pessoa que recorre ao vício como escape nunca vai conseguir lidar com o vício se, primeiro, ela não lidar com o que a fez fugir da realidade para se enfiar nele. Não adianta tratamento, não adianta a pessoa sentar com a família e a família tentar intervir. Isso não vai resolver. Toda solução definitiva precisa atacar a raiz do problema, a causa, não apenas os efeitos. E, se você quer atacar a causa e a do vício é um problema espiritual, emocional, que está na mente, no espírito, na alma da pessoa, então, você tem que atingir esse nível de problema. Esse nível da raiz. E não tentar maquiar, podar os galhos e as folhas”, afirmou o Bispo Renato.

Para auxiliar as pessoas na cura da real causa da dependência, a Universal realiza o Tratamento Para a Cura dos Vícios. Clique aqui e saiba onde participar.

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Colaborador

Andre Batista / Foto: Getty Images