As irmãs gêmeas Raquel Cristine Moraes Diniz e Ruthe Caroline Moraes Diniz, de 17 anos (foto a esq.), compartilham a semelhança física, a família e a dedicação e o amor pelo trabalho que realizam como voluntárias na Escola Bíblica Infantil (EBI) na Universal. Semanalmente, elas disponibilizam parte de seu tempo para ensinar e preparar cada criança da EBI para que alcancem o crescimento espiritual desde a infância. E sabem bem que isso é possível, já que elas são frutos desse trabalho.

Na manhã do dia 10 de março, um domingo, elas – e cerca de 16 mil voluntárias do grupo em todo o Brasil – participaram da Consagração de Educadoras. Raquel conta que a cerimônia foi vista por ela como uma oportunidade de crescimento. “É Deus nos abençoando para abençoarmos cada criança”, relatou. “Também vemos o cuidado de Deus com cada educadora”, acrescentou. Ela e suairmã participaram da Consagração na Universal de São Luís, capital do Estado do Maranhão.

Magnitude
Em entrevista à Folha Universal, a coordenadora nacional da EBI, Jane Garcia, explica o significado da consagração: “é apresentar, separar e santificar a vida das educadoras para Deus para que elas façam o trabalho na Obra dEle com excelência, temor e obediência”, relata. Jane ressalta que houve um antes e um depois na vida de quem verdadeiramente se entregou a Deus. “É uma renovação da aliança emservi-Lo”, afirma.

Jane avalia o cuidado da Igreja em periodicamente consagrar todos os que se dedicam à Obra de Deus. “Há uma preocupação de que os voluntários estejam bem, cheios da presença de Deus e, dessa forma, tenham o que dar ao próximo.”

Ela ainda destaca que cada voluntária é especialmente importante para a engrenagem espiritual da EBI: “sem elas não teríamos como realizar esse trabalho”, enfatiza Jane.

O que a coordenadora diz faz muito sentido. É importante conhecer a dimensão desse trabalho realizado com o público infantil: são feitos, mensalmente, mais de 1,3 milhão de atendimentos a crianças de até 10 anos. “Elas são almas preciosas e isso faz com que nossa responsabilidade quanto ao que lhes ensinamos aumente”, declara Jane.

AprendizadoRaquel conta que ela e a irmã passaram a infância frequentando a EBI. Até hoje ela lembra de alguns ensinamentos que recebeu nessa fase. “O ensinamento que mais me marcou foi sobre Davi que, mesmo pequeno aos olhos humanos, aos olhos de Deus tinha uma fé maior do que qualquer gigante. A educadora ensinava que havia dentro de cada um de nós uma fé maior do que qualquer problema. Bastava saber usá-la para que os problemas caíssem aos nossos pés”, se recorda.

Ela também relembra o quão fundamental foram as aulinhas das educadoras para sua formação como mulher de Deus. “Escutava histórias que me ensinaram sobre a importância da fé, da obediência e da perseverança e sobre o poder da oração. Foi na EBI que passei a conhecer a Palavra de Deus e a aplicá-la de forma prática. Cada aulinha era uma nova experiência.”

Apesar de frequentarem a Igreja desde a infância, as irmãs frisam que levaram um tempo para conhecer realmente a Deus. Ruthe compartilha sua experiência sobre esse fato: “eu ouvia falar de um Deus, mas não O conhecia. Tinha conflitos entre o que o mundo queria me oferecer e a fé que me era ensinada. Isso pesou sobre mim, me sentia perdida em relação a tudo isso, me percebia vazia”, diz. Ela revela que foi na EBI que aprendeu a importância de ter o Espírito Santo. “Para recebê-Lo, lembrei do propósito que uma ‘tia’ ensinou com azeite e perfume. O azeite como símbolo do Espírito Santo e o perfume para que eu exalasse a presença dEle em mim. Até hoje vivo esse propósito.”

Escolha
Hoje, Raquel e Ruthe se alegram por poder ajudar nesse trabalho. “O Senhor Jesus colocou em nós um forte amor por essas almas. Para mim, não há ‘alminhas’, são almas que necessitam do Senhor Jesus. Fui abençoada por ser cuidada com tanto amor e carinho e hoje sou mais abençoada ainda por cuidar da alma de cada criança na EBI”,
finaliza Raquel.