Uma infância traumática e várias escolhas erradas

Barbara Alvez acreditava ter nascido para sofrer. Veja como sua vida mudou

Aos 3 anos, Barbara Alvez Gonçalves dos Santos, hoje com 36 anos, viu seu pai matar a sua mãe e depois tirar a própria vida. Ela, então, foi criada pela avó materna, que fazia o possível para que a neta esquecesse o episódio. Contudo, cresceu revoltada.

“Fui uma adolescente cheia de complexos, tristeza e rebeldia, mas me escondia por trás de gírias e roupas curtas. Eu fazia questão de andar com traficantes, era agressiva com as pessoas e tudo era motivo de brigas.”

Aos 14 anos, Barbara foi morar com um rapaz em um barraco de madeira. Ele era viciado em cocaína e, a partir daí, ela também passou a consumir maconha e outras drogas.

Por se sentir desprezada por ele, buscava a companhia de outros homens. “Vivíamos um inferno. Ele sabia que era traído e convivia com isso. Ao saber do meu caso com um traficante, ele me bateu muito e decidi colocar pôr fim na relação, mesmo sem ter para onde ir.”

Barbara quis voltar para a casa da avó. Mas a notícia do falecimento dela tirou-lhe as esperanças. Sem enxergar outra saída, ela passou a se prostituir. “Eu me envolvi com vários homens; me iludi com o luxo e com o dinheiro aparentemente fácil e frequentava muitos bailes.”

Certa vez, ao se envolver com o dono de uma “boca de fumo”, acreditou que, enfim, teria a vida de luxo que sonhava. Mas se enganou. “Ele me prometeu uma vida de rainha. No começo me dava de tudo. Mas pouco tempo depois, me vi prisioneira. Ele não me deixava sair de casa, me espancava. Ao lado dele corri muitos riscos de morte devido ao tráfico. Passei a acreditar que havia nascido para sofrer.”

Barbara conseguiu emprego para ela e o companheiro em uma empresa. Contudo, ele sempre voltava para o tráfico. A cada recaída, ficava ainda mais violento. Então, fugiu de casa.

Quando buscou novamente abrigo, Barbara conheceu seu atual esposo que, na época, também era usuário de drogas e envolvido com o tráfico.nova história

A sogra de Barbara a convidou para as reuniões da Universal e ela aceitou o convite. “Em 2010, recebi a chance de uma nova vida, me arrependi de tudo o que fiz e senti nojo das escolhas erradas. Me batizei nas águas e pouco tempo depois recebi o Espírito Santo, que é a razão da minha felicidade”, detalha.

O companheiro de Barbara passou a frequentar a Universal e assim ficou livre do vício. Em seguida, eles se casaram. Atualmente, ela é voluntária no projeto Universal Socioeducativo.

“Hoje não preciso me drogar, me prostituir nem de luxo. Só preciso do Espírito de Deus, que dá sentido e alegria ao meu viver”, finaliza.

 

imagem do author
Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: Arquivo Pessoal