“Fiz da gota do milagre o meu remédio”
Ana Lúcia sofreu um infarto e ficou entre a vida e a morte
Ana Lúcia Oliveira da Silva, (foto abaixo) de 60 anos, sempre cuidou da saúde e por isso realizava exames periódicos. Em um check-up, no ano de 2014, ela descobriu um problema no coração e foi encaminhada para um cardiologista. Exames mais específicos detectaram que ela sofria de cardiomegalia, uma condição em que o coração aumenta de tamanho e peso. Quando o coração fica muito grande e perde a capacidade de bombear sangue com força suficiente para todo o corpo, provoca sintomas como cansaço intenso e falta de ar. Nos casos mais graves, a cardiomegalia pode levar à insuficiência cardíaca e morte.

Ana também descobriu um quadro de angina instável, uma dor no peito temporária ou uma sensação de pressão que ocorre quando o músculo cardíaco não está recebendo oxigênio suficiente. Diante do diagnóstico, ela precisou passar por um cateterismo.
Internação
Durante o procedimento, ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou fazer uma angioplastia de urgência. Ana conta que ficou em coma por três dias.
Ao receber a informação do caso, a filha dela, Lucilene Oliveira Cardoso de Almeida, de 37 anos, decidiu usar a fé. Ana frequentava a Universal há 20 anos. Naquele momento, ela estava entre a vida e a morte e contou com as orações da filha e dos membros, que fizeram uma corrente de orações no hospital.
No quarto dia de internação no Centro de Terapia Intensiva (CTI), Ana reagiu. Não foi mais preciso, a partir dali, utilizar aparelhos para a respiração.
Aquele momento, para ela, foi um verdadeiro milagre. “Os médicos tinham dado o meu caso como perdido. E disseram que se sobrevivesse ficaria com sequelas.”

Ao todo foram 14 dias no hospital. Quando ela teve alta médica, recebeu a orientação de que não poderia fazer esforço físico e que não deveria andar por mais de 50 metros.
Ela passou a fazer o uso da gota do milagre e bebia a água todos os dias, de uma em uma hora.
“Fiz da gota do milagre meu remédio, não aceitei parar minha vida por conta de um problema de saúde. Agi minha fé e hoje vivo como se nunca tivesse ficado doente.”
Ana faz o acompanhamento anual, mas não tem nenhuma sequela. “Sou muito grata a Deus”, diz.
Infartos no Brasil
Ana sobreviveu e não entrou para as estatísticas de mortes por consequência de doenças cardiovasculares no Brasil. Dados atuais dão conta de 362.091 mortes por ano, ou seja, mais de 40 mortes por hora. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os infartos e os acidentes vasculares cerebrais (AVCs) lideram as estatísticas de óbitos registrados.
No caso dos homens, os infartos vêm em primeiro lugar com 68 mil mortes e os AVCs com 52 mil.
Entre as mulheres, a situação se inverte com mais mortes por AVCs: 51 mil vítimas. Infarto: 48 mil.
O cardiologista e diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, Fernando Costa, explica: “O infarto nada mais é como a interrupção súbita da oferta de sangue para a região do coração. Na grande maioria das vezes isso se deve a uma obstrução. A depender de onde acontece, pode causar um infarto.”
Quando a artéria está quase obstruída, mas o organismo ainda tem mecanismos para combater e evitar um infarto, ocorre o que se chama de angina instável, que pode evoluir para um infarto, segundo o cardiologista entrevistado.
Ele explica que os fatores de risco são: obesidade, hipertensão, diabetes, colesterol alto e sedentarismo. Entre os sintomas, estão dor no peito, queimação, aperto, dor que irradia para o braço esquerdo (a dor clássica), palidez, sudorese, pressão baixa, e palpitações.
O médico ainda fala que todo infarto pode evoluir para insuficiência cardíaca, uma das principais causas de internação e morte do paciente. Essas doenças podem ser decorrentes de um estilo de vida inadequado.
O especialista finaliza esclarecendo que exames como eletrocardiograma e teste ergométrico devem ser feitos para detectar problemas. Por isso, procurar a ajuda médica e prevenir doenças é indispensável.
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