O que a parábola do joio e do trigo tem a ver com você?
No mesmo campo, sob o mesmo sol, duas sementes brotam e crescem, mas apenas uma é reconhecida pelo Senhor no dia da colheita
No campo descrito pelo Senhor Jesus, duas sementes dividem o mesmo solo: o trigo e o joio. À primeira vista, parecem idênticas. Elas crescem lado a lado, recebem a mesma chuva e se desenvolvem sob o mesmo sol.
Durante o início do crescimento, o joio praticamente se confunde com o trigo, já que suas folhas e espigas são muito parecidas. As diferenças ficam claras apenas na fase de amadurecimento: o trigo gera grãos nutritivos, enquanto o joio produz grãos escuros – pretos ou acinzentados – que podem até ser tóxicos. Por isso, no tempo da colheita, o joio é separado e lançado fora.
A parábola, registrada em Mateus 13:24-43, é um retrato do Reino de Deus e de como acontecerá o arrebatamento, quando Jesus virá buscar a Sua Igreja e fará a separação entre o joio e o trigo – ou seja, entre aqueles que verdadeiramente são Filhos de Deus e os que apenas têm aparência de filhos. Além disso, mostra a coexistência do bem e do mal e da verdade e da falsidade dentro do mesmo campo: o mundo.
O REINO EM HISTÓRIAS
Em Suas pregações, Jesus frequentemente falava por meio de parábolas – histórias simples, extraídas do cotidiano, que revelavam verdades eternas. As parábolas funcionavam como a linguagem pedagógica do Reino dos Céus, capaz de traduzir o que é espiritual em termos acessíveis.
Em Mateus 13:34-35, por exemplo, está registrado: “Tudo isto disse Jesus, por parábolas à multidão, e nada lhes falava sem parábolas; para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo.”
Quando os discípulos perguntaram a Jesus: “(…) Por que lhes falas por parábolas?” Ele respondeu: “(…) Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado.” (Mateus 13:10-11).
A palavra “parábola” vem do grego parabolé, que significa “comparação”. E é justamente por meio da comparação que Jesus expõe os mistérios do Reino.
ENQUANTO OS HOMENS DORMIAM…
Um detalhe da parábola chama a atenção: “Mas, dormindo os homens…” (Mateus 13:25). É nesse tempo de descuido, de fé relaxada e de rotina espiritual morna que o diabo age. O sono da fé abre espaço para a confusão, o orgulho e o engano.
A vigilância, portanto, não é opcional: é indispensável. Quem relaxa na fé pode despertar cercado de joio – ideias, influências e sentimentos que sufocam a Palavra.
O JOIO, O TRIGO E OS SEMEADORES
A parábola do joio foi contada logo depois da do semeador (Mateus 13:1-23). Se, antes, a boa semente representava a Palavra, agora ela representa os filhos do Reino – pessoas transformadas por essa mensagem. O joio, por sua vez, simboliza a fé superficial. É o “cristão de ocasião”, aquele que busca promessas, mas não o compromisso. Externamente, ele pode parecer trigo: fala de Deus, frequenta a igreja, participa das reuniões, mas, internamente, não houve transformação. Enquanto o trigo frutifica, o joio apenas ocupa espaço. O trigo se inclina para servir; o joio cresce para si mesmo.
A DIFERENÇA ENTRE PARECER E SER
A colheita será inevitável. Deus é o Senhor do campo. No tempo certo, os ceifeiros – Seus anjos – separarão os frutos e, nesse dia, “(…) os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mateus 13:43).
O verdadeiro trigo não apenas sobrevive: ele é colhido com honra e guardado no celeiro de Deus.
Cada um deve se perguntar: tenho sido trigo ou joio no campo do Senhor? Tenho frutificado e alimentado outros com a minha fé ou apenas ocupado espaço na plantação divina?
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