Ela venceu o alcoolismo e encontrou a paz

Após 15 anos afastada, Alessandra Pickler reencontrou a fé e viu sua história mudar completamente

Imagem de capa - Ela venceu o alcoolismo e encontrou a paz

Por muitos anos, a vida de Alessandra Pickler Teixeira, de 35 anos, foi repleta de tentativas frustradas de encontrar paz. Formada em Administração e hoje especialista de suprimentos, ela conheceu a fé quando era criança. Ela cresceu frequentando a Universal, participava dos trabalhos evangelísticos e foi levantada a obreira muito jovem. Mas, por descuido espiritual, se afastou. “Eu deixei de orar, de ter comunhão com Deus e fui me esfriando. Quando dei por mim, já estava longe da Presença de Deus e, consequentemente, da igreja”, afirma.

O declínio

Ela se envolveu em um relacionamento conturbado, sofreu agressões físicas e traições e, em decorrência disso, passou a usar a bebida como refúgio. Com o fim desse relacionamento, ela engatou outro, pois achava que um novo envolvimento amoroso lhe traria algum alívio.

No entanto isso não aconteceu e, com mais um término, ela mergulhou definitivamente no vício: “Eu bebia muito. Era cerveja, uísque, vodca, vinho… Eu perdia o controle, mas acreditava que, quando quisesse, conseguiria parar. Contudo eu estava sempre com uma garrafa embaixo do braço”.

Alessandra carregava feridas profundas da infância. “Toda a minha família tinha problema com álcool. Era como se esse mal me perseguisse.” A bebida se tornou sua companhia constante, enquanto as lembranças de um passado com Deus desapareciam da sua memória.

O reencontro com o passado

Durante os 15 anos em que esteve afastada da fé, ela tentou seguir a vida. Ela viveu um relacionamento estável e dele nasceu sua filha, mas o peso emocional dos traumas que carregava de relações anteriores tornava a convivência difícil. “Não tínhamos brigas nem traições, mas eu era cheia de mágoas e inseguranças. Eu pensava sempre em me separar.”

Uma das lembranças dolorosas que Alessandra tem dessa época é de uma ocasião em que seu marido estava viajando e ela foi a uma comemoração com a filha. Ela dirigiu até o local determinada a não beber, mas, depois de resistir às primeiras ofertas, acabou cedendo. “Só uma taça”, pensou. Quando se deu conta, já estava consumindo todas as bebidas que lhe eram oferecidas.

Quando a festa terminou, ela dirigiu embriagada de volta para casa. Ao chegar lá, sua mãe não acreditou no que viu e como ela conseguiu dirigir naquele estado. Sua mãe, que também lutava contra o alcoolismo, lhe fez um pedido: “Nunca mais faça isso. Você podia ter tirado a sua vida e a da sua filha”.

As palavras ecoaram fundo nela. A filha, com 5 anos na época, reforçou as palavras da avó: “É verdade, mamãe, você estava muito bêbada”. Foi aí que sua “ficha caiu”. Ela percebeu que estava repetindo com a filha o mesmo sofrimento que viveu na infância ao ver a mãe destruída pelo álcool. Naquele dia, ela reconheceu que precisava de ajuda.

Deus não se esquece

Certa noite, depois de trocar o canal de TV, algo mudou. “Parei em um programa da Universal e me veio uma lembrança forte do tempo que eu servia a Deus. Minha mente parecia bloqueada e eu não lembrava de nada relacionado à fé, mas naquele momento algo despertou em mim e eu me recordei.”

Ela conta que com as lembranças vieram também a tristeza e a sensação de aquilo era parte do passado e que, embora desejasse revivê-lo, não poderia. Poucos dias depois, uma antiga amiga, uma obreira com quem tinha servido a Deus, a encontrou. “Deus a usou para me alcançar”, assegura.

A partir dali, ela começou uma nova caminhada na fé e voltou a frequentar as reuniões na Universal. O retorno, no entanto, não foi fácil. Ela cita que foram dois anos de luta até conseguir abandonar o vício em bebidas. Ela se batizou nas águas em 2020, mas reconhece que a verdadeira entrega só aconteceu em 2023. Por essa razão, ela desceu às aguas novamente, mas dessa vez de forma definitiva.

Perdas e entrega total

O processo de libertação dela coincidiu com um dos períodos mais difíceis de sua vida. Em 2023, Alessandra perdeu o irmão mais velho e, meses depois, a mãe, vítima de câncer. “Foi muito doloroso. Cheguei a ter crise de ansiedade e precisei tomar remédio para dormir. Eu sabia que, sem o Espírito Santo, eu não suportaria”, destaca.

Determinada, ela participou da Fogueira Santa com um único propósito: receber o Espírito Santo. “Eu disse para Deus que, se Ele não viesse, seria apenas mais uma temporada dentro da igreja e talvez eu não tivesse outra chance”, revela.

Em agosto do mesmo ano, durante uma reunião, ocorreu esse encontro, que era o mais desejado de sua vida. Desde então, tudo mudou. Alessandra conta que passou a ter paz e sabedoria para enfrentar as lutas diárias. “Hoje sei lidar com meu esposo, com as situações difíceis e comigo mesma. Não sinto mais aquele vazio. Tenho paz.”

O marido, ao ver sua transformação, também se converteu a Deus. O casal oficializou a união na Celebração dos Casamentos, evento promovido pela Universal. Atualmente, Alessandra é voluntária do grupo Resgate e faz o Curso Preparatório de Obreiros (CPO).

Ela compartilha com os leitores o que aprendeu com essa situação: “Deus reescreveu minha história. Ele me tirou do fundo do poço e me fez nova por dentro. O Espírito Santo mudou todas as áreas da minha vida. Tenho lutas, sim, mas agora sei que não estou mais sozinha”.

Saiba mais

Leia as demais matérias dessa e de outras edições da Folha Universal, clicando aqui. Confira também os seus conteúdos no perfil @folhauniversal no Instagram.

Folha Universal, informações para a vida!