Depois de vencer uma grande batalha contra reis poderosos que tinham levado seu sobrinho Ló e outros habitantes de Sodoma como prisioneiros, Abraão foi surpreendido por uma proposta tentadora: o rei de Sodoma lhe ofereceu todos os bens – uma fortuna que representava a riqueza de nove reinos – e ficaria apenas com as pessoas.

Abraão, no entanto, recusou. Sua decisão não foi motivada por orgulho ou desdém, mas por uma convicção mais profunda: ele não queria que ninguém pudesse alegar que o havia enriquecido e desejava mostrar que sua aliança não deveria ser com o homem, mas com Deus. E, assim, levantou a mão em juramento ao Altíssimo, reconhecendo sua total dependência dEle: “(…) Levantei minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, jurando que desde um fio até à correia de um sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão” (Gênesis 14:22-23).

Mesmo diante de uma proposta aparentemente irrecusável, Abraão deixou claro que seu foco não era material, mas espiritual. Sua resposta ao rei de Sodoma poderia ser resumida como: “Fica com o seu dinheiro!”. O que movia Abraão não era o desejo de acumular riquezas, mas o compromisso de libertar aquelas pessoas que eram escravas. Ele arriscou tudo porque acreditava que salvar vidas tinha um valor infinitamente maior do que qualquer tesouro terreno.

Sua fé, portanto, era movida pela obediência e pelo temor a Deus. Ele demonstrou, com sua atitude, que a fé que agrada ao Altíssimo rejeita qualquer lucro ilícito e se mantém íntegra diante do Senhor. Ao devolver o dízimo após a vitória, Abraão firmou sua aliança com o Senhor, não como moeda de troca, mas como expressão de fidelidade.

Esse gesto nos ensina que o verdadeiro dízimo não é uma barganha, mas uma demonstração de que Deus é Senhor sobre todas as áreas da vida. Muitas pessoas, infelizmente, devolvem o dízimo como se estivessem negociando bênçãos e não como parte de uma aliança espiritual – aquela que considera que a salvação é muito mais importante do que qualquer outra bênção. Abraão, por outro lado, teve a disposição de recusar qualquer proposta que o colocasse na dependência dos homens, pois sua confiança estava firmada apenas em Deus.

A fé que coopera com a salvação

Inspirados por esse exemplo, somos chamados a viver uma fé que não busca lucro, mas almas. Uma fé em que não damos algo por interesse de receber em troca, mas por entender que uma alma vale mais do que o mundo inteiro. Essa consciência transforma a maneira como apresentamos nossas primícias a Deus.

A salvação é o maior propósito divino, revelado nas primícias que o Próprio Deus apresentou ao mundo por meio do Senhor Jesus. Por isso, nossos dízimos devem ter um propósito santo: cooperar para a salvação de almas.

O principal objetivo deve ser sempre espiritual: contribuir para que mais vidas sejam alcançadas, libertas e transformadas por meio do avanço da Obra de Deus. Dessa forma, quem tem a fé de Abraão devolve o dízimo com essa consciência. Não por obrigação ou expectativa de retorno material, mas como expressão dessa aliança viva com Deus.

Assim como Abraão, que foi chamado para ser uma bênção, aqueles que vivem essa fé se tornam instrumentos de Deus — a própria bênção em todos os aspectos. Quando a fé é movida por obediência, pelo temor e pela consciência espiritual, ela é capaz de transformar vidas e conduzir à salvação. Essa é a fé que agrada a Deus.

A unção com o azeite novo

Durante todos os domingos de novembro, a Universal está vivendo o Mês do Propósito Maior, que é a salvação. Será um período para renovar a aliança de fidelidade com Deus e despertar essa fé que vai além dos interesses pessoais. “Se você buscar na Palavra de Deus, vai entender que o maior propósito de Deus não é cura, prosperidade ou que você se case. Tudo isso é bom e também está prometido na Palavra, mas o maior propósito de Deus é a salvação da alma. Este mês vamos focar exatamente nisso: na consciência de que se você se alinhar com Deus neste propósito maior dEle, que é a salvação de almas, não faltará para você”, disse o Bispo Renato Cardoso, durante uma reunião recente no Templo de Salomão, em São Paulo.

Durante os cinco domingos de novembro, será realizada a Unção com o Azeite Novo, considerado um dos três melhores do mundo. Essa unção representa excelência e destaque, para que a obra de suas mãos prospere e seja reconhecida. Trata-se de um chamado à fé prática e obediente à Palavra de Deus – sem religiosidade – e que, por isso, alcança todas as áreas da vida. “Como Deus vai deixar de abençoar a pessoa que tem em mente o mesmo propósito dEle, que é ganhar almas?”, perguntou o Bispo Renato.

Saiba mais

Leia as demais matérias dessa e de outras edições da Folha Universal, clicando aqui. Confira também os seus conteúdos no perfil @folhauniversal no Instagram.

Folha Universal, informações para a vida!