China obriga cristãos a cantarem hino ao Partido Comunista antes dos cultos
A perseguição aos cristãos na China atinge novo nível: governo obriga igrejas a cantar louvores ao Partido Comunista e proíbe hinos tradicionais
A perseguição aos cristãos na China alcançou um novo patamar preocupante. Agora, igrejas ligadas ao Movimento Patriótico das Três Autonomias – grupo que conta com apoio direto do regime comunista – são obrigadas a cantar um hino em louvor ao Partido Comunista Chinês (PCC) antes de encerrar os cultos dominicais.
Essa exigência, que vai muito além de um simples gesto simbólico, revela a real intenção do governo: substituir a centralidade de Deus pela exaltação do Partido dentro das igrejas. Com isso, a já fragilizada liberdade religiosa na China sofre um golpe ainda mais profundo.
Qual é a origem dessa imposição?
Essa nova diretriz integra o chamado “Projeto do Ministério de Música Sacra 2025”, lançado recentemente pelo governo da China. De acordo com as organizações ChinaAid e Voz dos Mártires da Coreia(VOM Korea), o plano visa:
- Criar hinos com “características chinesas”;
- Adaptar músicas cristãs tradicionais à ideologia comunista;
- Eliminar qualquer música que não reflita os valores do Partido.
Além disso, durante o lançamento oficial em Pequim, com a presença de 40 líderes religiosos, o governo exigiu que apenas hinos aprovados por um aplicativo oficial sejam usados nos cultos.
Por que isso preocupa tanto?
Ademais, esse controle direto sobre os hinos evidencia algo ainda mais alarmante. O regime chinês não quer apenas limitar a prática cristã. Na verdade, ele deseja moldá-la.
Segundo Bob Fu, presidente da ChinaAid, “os cristãos são forçados a louvar o Partido Comunista antes mesmo de adorarem Jesus Cristo”.
Portanto, o ataque não é apenas contra a estrutura física das igrejas. Trata-se de uma tentativa agressiva de alterar a própria essência espiritual da fé cristã. Ao censurar ou modificar os hinos, o governo tenta transformar a adoração em um instrumento ideológico.
Qual é o impacto real sobre os fiéis?
As igrejas chinesas já enfrentam:
- Vigilância constante por câmeras com reconhecimento facial;
- Censura online;
- Doutrinação forçada;
- Restrições à liberdade de culto.
Agora, até os hinos, que antes escapavam ao controle estatal, entraram no foco da censura.
Hyun Sook Foley, da VOM Korea, destacou com pesar:
“Mesmo quando os sermões eram censurados, os hinos transmitiam doutrina fiel. Agora, até isso será suprimido.”
A tentativa é clara: reescrever a fé cristã sob a ótica do Partido Comunista.
Existe alguma esperança?
Apesar da repressão crescente, muitas organizações cristãs seguem atuando com criatividade, fé e perseverança. A VOM Coreia, por exemplo, transmite diariamente dois programas de rádio com sermões, leituras bíblicas e, agora, planeja incluir hinos tradicionais em sua programação.
Por fim, essas transmissões se tornaram um meio seguro para que os cristãos chineses acessem o Evangelho sem depender das plataformas controladas pelo Estado. Mesmo diante do avanço da censura, a mensagem da salvação do Senhor Jesus continua alcançando almas.
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