Sacrifícios de justiça: confira como foi a Fogueira Santa da Justiça com a Santa Ceia

No Templo de Salomão, Bispo Renato Cardoso explicou sobre a diferença entre o sacrifício material e o sacrifício espiritual

Imagem de capa - Sacrifícios de justiça: confira como foi a Fogueira Santa da Justiça com a Santa Ceia

Neste 13 de julho, durante reunião do 2º Domingo da Justiça — que ocorre em toda a Universal — , aconteceu a Fogueira Santa da Justiça com a Santa Ceia, no Templo de Salomão. Na oportunidade, o Bispo Renato Cardoso explicou sobre a diferença entre o sacrifício material e o espiritual.

Antes disso, ao dar início à reunião, o Bispo Renato apresentou o testemunho do senhor Edison Nazareno, de 53 anos, que também foi exibido recentemente durante a programação da Caminhada da Fé rumo à Fogueira Santa.

  • “Preste muita atenção, especialmente você que está numa situação de humilhação, de vergonha. Você, que acha que o seu é um caso perdido (…) Assista à história do Edison para entender que, se Deus pôde restaurar um homem dessa forma, então o seu problema é ‘fichinha’ para Deus. O seu problema, que você acha tão grande, não é nada para Ele. Mas preste atenção nas palavras, não só no sofrimento, no antes, mas quando ele despertou para que a justiça de Deus fosse manifesta na vida dele (…) Ele era analfabeto de letra, mas na fé ninguém é analfabeto. Se você tem fé, e se usar a sua fé como esse homem usou, então, Deus começa a mudar a sua vida como mudou a dele”, comentou o Bispo.

Uma vida marcada pelo sofrimento:

Edison não conheceu o pai e foi abandonado pela mãe aos 14 anos de idade. Analfabeto, ele nunca chegou a frequentar uma escola. Ainda muito jovem e morando nas ruas, caiu nos vícios. Não tinha o que comer ou beber, a não ser comida do lixo e água da vala. Passou por momentos muito difíceis, enfrentou fome, frio, sofreu agressões, além de condições de saúde precárias. Mas a maior dor que ele sentia era na alma.

  • “Não tem coisa mais sofrida que o diabo faz na vida de um ser humano quando ele vive na rua, a tristeza, a angústia, a depressão, a dor é muito grande. Eu me refugiava nas drogas, bebia para morrer mesmo (…) Numa tarde, eu não tinha dinheiro e como conhecia um traficante, ele disse que me dava droga, mas só se fizesse uma tatuagem na minha cara. Foi o momento que aconteceu essa injustiça, meu rosto ficou terrível depois da tatuagem (…) todo mundo ficou desacreditado em mim, achavam que eu era bandido, perigoso, tinham medo de mim. Fiquei conhecido como osga (lagartixa)”, relatou.

“Deus me levantou do monturo”:

Em uma ocasião, levou uma facada na perna e quando foi parar no hospital o colocaram em cima de uma pedra e o deixaram sem atendimento. Foi ali que ele pediu ajuda a Deus pela primeira vez. Já de volta às ruas, à noite, quando estava sóbrio, pedia a Deus para que não deixasse ele morrer e enviasse alguém que o socorresse. Foi quando apareceram os voluntários da Universal, o convidaram para ir à igreja e ele aceitou. A mudança foi acontecendo, conforme ele foi ouvindo, aprendendo e obedecendo a Palavra. Nesse ínterim, aconteceu uma Fogueira Santa.

  • “Eu não entendia o que era Fogueira Santa e me explicaram que era um sacrifício. Aí, eu fui fazer o meu primeiro sacrifício, não ‘botei’ fortuna, não ‘botei’ dinheiro, ‘botei’ a vida. Foi naquele dia que eu coloquei, que eu vi que eu ia receber a resposta (…) Eu saí da rua, aluguei um quarto, arranjei um emprego, depois fui para o meu próprio lar. Deus abriu as portas, me dando saúde, me deu uma esposa, que foi a pessoa que me levou para a igreja. Eu não quero te falar aqui de coisas materiais, porque se eu fiz a Fogueira Santa lá atrás, não foi pelas coisas materiais, não foi por carro, não foi por moto, não foi por casa. Foi pela presença dEle na minha vida (…) Eu nunca entrei numa escola, então, como foi para eu aprender a ler? Deus me deu sabedoria para eu ler a Bíblia (…) Se Deus me levantou do monturo e me fez príncipe do povo dEle, você vê que Deus tem uma mudança na vida de qualquer um. Aqui (no rosto) eu já carrego essa marca, mas no meu corpo eu carrego a marca o tempo todo, que é a marca do Espírito Santo”, contou.

“Levanta o pobre do pó, e do monturo levanta o necessitado, Para o fazer assentar com os príncipes, mesmo com os príncipes do seu povo”. Salmos 113: 7-8

Clique aqui e assista ao testemunho na íntegra.

“Oferecei sacrifícios de justiça, e confiai no Senhor”:

Logo em seguida, o Bispo Renato fez a seguinte pergunta aos presentes:

  • “O que é preciso acontecer para que Deus faça também de você um testemunho?”.

Então, ele leu a citação em Salmos 4:5, quando Deus fala, através do rei Davi, como devemos subir ao Altar. E explicou quais são os dois tipos de sacrifício, o físico e o espiritual, por isso, ‘sacrifícios de justiça’.

Sacrifício material:

  • “É aquilo que nos custa. A Bíblia ensina. O próprio rei Davi nos deixou o exemplo quando um dia foi oferecer sacrifícios a Deus, e um homem que tinha bois, que tinha terreno, tudo para oferecer o sacrifício, ofereceu para o rei Davi tudo o que ele precisava. E Davi se voltou para este homem e falou: ‘por acaso eu oferecerei a Deus, ao meu Deus, sacrifício que não me custe nada?’. Ou seja, sacrifício, materialmente falando, é o que custa. Você vai ficar sem por um tempo, você vai abrir mão de alguma coisa. Você vai deixar ir alguma coisa física, material, de você. Mas isso é o mínimo. Isso não resolve a sua vida (…)”, pontuou.

Sacrifício espiritual:

  • “O sacrifício tem que ser de justiça, que é o outro lado do sacrifício, o espiritual (…) É justo que nós ofereçamos toda a nossa vida para Deus, porque Ele já ofereceu a vida dEle por nós. Deus já pagou o preço mais alto, que foi a vida do filho dEle na cruz. Mas sofre injustiça até hoje (…) Se você não entregou para Deus a sua vida, quer dizer, você tem sido injusto com Deus. Como é que você vai querer justiça? Você acha que vai colocar dinheiro no Altar, fazer sacrifício material, mas ser injusto e receber a resposta? Então, sacrifício de justiça é dar a Deus o que é dEle (…) Honre a Deus, não só no que você vai apresentar no Altar, mas honre a Deus no dia a dia com a sua vida. Se Ele é Senhor, logo você é o quê? Servo. O servo tem que fazer o quê? Tem que servir, tem que obedecer. Se nós somos justos para com Deus, então, Ele é justo para conosco, Ele retorna essa justiça, essa fé em forma de justiça”, destacou.

Confiar em Deus:

Ao concluir, o Bispo Renato ressaltou:

  • “Você oferecer sua confiança é confiar sem entender, sem ver, sem sentir. É você confiar porque Deus é perfeito no Seu caráter e vai cumprir o que prometeu. Você tem certeza disso, você tem paz com o que pediu a Ele. Depois que você passa pelo Altar, você não fica com medo, com ansiedade. Você confia, descansa, porque o seu sacrifício de ansiedade, de dúvida, de incerteza, tudo isso você deixou no Altar. O maior sacrifício que nós fazemos é continuar confiando em Deus, diante de tudo que parece contrário ao que nós queremos”.

Então, o Bispo Renato convocou os presentes para a frente do Altar, quando a Santa Ceia foi realizada e as pessoas puderam cumprir a Fogueira Santa.

imagem do author
Colaborador

Redação / Fotos: iStock e reprodução