A perseguição aos cristãos na Coreia do Norte atinge níveis alarmantes. Segundo um novo relatório divulgado pela International Christian Concern (ICC), ao menos 70 cristãos desapareceram sem deixar vestígios nas prisões do regime. Embora os detalhes sejam escassos, o que se sabe é profundamente perturbador.

O que aconteceu?

O relatório, intitulado “Lembrando os Desaparecidos”, foi lançado durante a Semana da Liberdade da Coreia do Norte (NKFW) de 2025. Neste ano, pela primeira vez, os eventos acontecem na Alemanha, com cultos e encontros de oração em frente às embaixadas da Coreia do Norte e da China em Berlim.

O documento reúne histórias impactantes de cristãos norte-coreanos que foram presos, torturados e desapareceram, tudo por causa de sua fé. Ainda que o regime insista em negar, os registros e testemunhos indicam uma realidade de sofrimento e opressão.

Quem são essas pessoas?

Uma dessas histórias é a de Kim Sung-sik. Em 2007, ele foi preso por participar de uma comunidade cristã secreta na cidade de Hoeryong. Desde então, a família perdeu totalmente o contato com ele. Até hoje, ninguém sabe se ele está vivo, onde está ou o que aconteceu dentro da prisão.

Apesar do silêncio, a ICC continua divulgando essas histórias. O objetivo é dar voz aos que foram calados e lembrar que a fé cristã, mesmo sob intensa perseguição, permanece viva entre os norte-coreanos.

Por que isso importa?

Esses desaparecimentos não são apenas estatísticas. Cada nome representa uma vida dedicada a Cristo, uma família dilacerada, uma história marcada pela fé e pelo sofrimento. Embora essas narrativas revelem dor, elas também mostram a coragem extraordinária dos cristãos norte-coreanos.

Além disso, o fato de o evento estar sendo realizado na Europa marca um avanço importante na pressão internacional contra o regime norte-coreano. Por outro lado, a perseguição continua silenciosa, brutal e sistemática.

Contexto mais amplo

A Coreia do Norte é um dos países que mais perseguem cristãos no mundo. Apesar disso, muitos homens e mulheres continuam se reunindo secretamente para orar, louvar e estudar a Bíblia. Mesmo com o risco constante de prisão ou execução, eles não negam a fé.

Consequentemente, as prisões tornaram-se verdadeiros buracos negros, onde cristãos desaparecem sem julgamento, sem contato com a família, e muitas vezes, sem chances de sobrevivência.

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