"Eu estava destinada a ir para o inferno"

Mesmo frequentando a igreja, Diana Nascimento teve depressão e tentou tirar a própria vida. Entenda o que mudou

Imagem de capa - "Eu estava destinada a ir para o inferno"

A assistente financeira Diana Santos Nascimento, de 19 anos, diz que tem uma vida plena em todos os sentidos: “Posso dizer que sou completa”. Ela encontrou a verdadeira felicidade depois que venceu a depressão, que, no passado, a levou a desejar o suicídio.

Voltando ao tempo da dor

Na Igreja Universal desde o nascimento, Diana cresceu em um ambiente familiar sustentado pela Fé. No entanto o exemplo dentro de casa e o contato direto com os ensinamentos bíblicos não a despertaram para um relacionamento íntimo com Deus. Ela conta que acontecia exatamente o contrário: “Eu ia à igreja apenas para agradar aos meus pais”.

Externamente, Diana mantinha a aparência de quem estava bem, mas, internamente, com apenas 13 anos, ela enfrentava um forte quadro de depressão e o sentimento de vazio, os quais a faziam chorar todas as noites. “Eu me esforçava ao máximo para não fazer barulho e ninguém notar que eu estava mal. Eu não queria pedir ajuda, até porque eu não sabia explicar a dor que sentia”, revela.

Isolada

"Eu estava destinada a ir para o inferno"Em 2020, o isolamento provocado pela pandemia de covid-19 tornou o pesadelo de Diana ainda mais real: “Quando tudo fechou, eu perdi o meu chão, pois não havia como esconder o que piorava dentro de mim”. Dominada pelo desânimo, ela parou de tomar banho, de se alimentar e perdeu mais de dez quilos.

Sem ter para onde ir e sem forças para lutar contra os pensamentos de culpa, ela percebia que havia um “buraco negro” em seu interior e, por duas vezes, tentou o suicídio. “Na minha cabeça, eu estava destinada a ir para o inferno, então não existia mais jeito. Mas, na hora [de tentar tirar a própria vida], meu corpo travava e eu não conseguia ir adiante”, lembra.

O que para muitos seria um livramento para Diana era motivo de frustração, pois ela acreditava que não era capaz de pôr fim à sua dor.

Mágoa até de Deus

Diana explica que continuou frequentando a igreja, embora nutrisse um sentimento de ódio por sua família. A mágoa em seu coração era tão intensa que alcançava, inclusive, a Deus: “Eu pensava que Ele não se importava comigo, então comecei a me mutilar para amenizar a dor de dentro de mim”.

Uma decisão de mudança

Um dia, ela decidiu colocar a Fé em ação e, ao participar de um culto com a mente aberta à Palavra, finalmente entendeu que tinha uma chance de mudar de vida. Para que isso acontecesse, ela tomou a atitude de se batizar e abandonar os velhos hábitos que a afastavam de Deus e esclarece como mudou: “No começo não foi fácil, mas continuei lutando contra minhas vontades. Eu queria, de fato, mudar”.

A renúncia de Diana resultou no recebimento do Espírito Santo, que preencheu o seu vazio e lhe deu paz. “Tudo mudou. Não tenho mais aquela tristeza, pois tenho certeza de que Deus está comigo, e a minha felicidade não depende de pessoas ou ambientes, pois ela vem do Alto”, conclui.

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Colaborador

Yasmin Lindo / Fotos: Demétrio Koch e Cedidas