Aldjane Rocha Silva tem 42 anos, é empreendedora e reside em Salvador (BA). Há 13 anos, ela ingressou na Universal, após ser desafiada por moças que evangelizavam no bairro onde mora. Ela conta como vivia antes disso: “Eu levava uma vida desregrada, estava envolvida com festas, bebidas e tinha problemas no meu relacionamento. Passei por um processo de separação depois que fui traída, tive depressão e ansiedade, mas minha vida mudou quando me batizei nas águas: parei de beber e de ir a festas, casei no Altar, tive um filho e busquei o Espírito Santo”.

Transfusão de sangue

Ela conta que, em 2018, sua fé foi testada: “Eu comecei a ter hemorragias muito fortes. Os médicos suspeitaram que poderia ser um mioma e resolveram investigar. Um mês e meio depois saiu o resultado dos exames: eu estava com um câncer maligno no colo do útero que não podia ser operado, segundo a avaliação médica. Eu teria que fazer quimioterapia e radioterapia. Como eu perdia muito sangue, fiquei muito fraca. Eu pesava cerca de 75 kg e fiquei com 43 kg e também tive que receber transfusão de sangue antes de iniciar o tratamento”, relembra.

Biscoito de água e sal

Aldjane acredita que tenha feito mais de 37 sessões de quimioterapia e quase 70 de radioterapia. “Nada parava no meu estômago. A única coisa que eu não vomitava era biscoito de água e sal e tomava a água consagrada que eu pegava na Universal aos domingos. No momento em que eu bebia a água, eu pedia forças a Deus. Eu não faltava às reuniões da Igreja nos outros dias e continuei fazendo tudo que o médico mandou.”

Revolta

Quando finalizou os tratamentos quimio e radioterápico, ela voltou ao médico e esperava uma boa notícia. Ela relata como foi essa consulta: “Quando cheguei lá, o sangramento havia parado e fiz uma nova bateria de exames. Os resultados, segundo disse o médico, mostravam que o tumor tinha avançado e aumentado. Ele falou que eu teria que fazer um novo tratamento chamado braquiterapia (leia mais no quadro ao lado). Eu me revoltei e disse ‘não’. Ele me alertou que a maioria das pessoas que se recusou a fazê-lo morreu”.

Mão de Deus

Aldjane saiu chorando do hospital e foi à Universal. “Eu pensei: ‘Se, antes, quando eu vivia nesse mundo errado, bebendo, em carnaval e em festa, eu tinha saúde, por que agora que estou servindo a Deus não vou ter?’ Era época de Fogueira Santa e fiz um propósito com Deus, entreguei a Ele a minha vida e 15 dias depois fui cumprir o prometido. Antes de descer as escadas do Altar, vi a mão de Deus tirando algo de dentro de mim: senti uma dor na hora, fui batizada com o Espírito Santo, além de ser curada”.

Feijão, pimenta e refrigerante

Depois da reunião, Aldjane foi para casa e não pensou duas vezes antes de comer o que a sogra tinha preparado. “Eu já tinha uma certeza tão grande que estava curada que comi feijão com pimenta e tomei refrigerante. Quando a gente faz esse tipo de tratamento, refrigerante, açúcar, farinha, é tudo proibido”.

Quando contou ao Pastor de sua Igreja o que havia acontecido, ela foi orientada a voltar ao médico para ter a cura documentada, pois muitas pessoas não acreditam nesses milagres.

Médico incrédulo

Aldjane foi ao hospital para realizar novos exames e notou que havia um certo burburinho a cada etapa que realizava. “Ninguém me falava nada, mas, ao sair do hospital, uma enfermeira me contou que o tumor tinha sumido. Dias depois, ao me consultar com o médico, ele confirmou que eu não tinha mais câncer e me perguntou, incrédulo, o que eu tinha feito. Eu falei: ‘Deus me curou’. Ele falou que não tinha mais nada que pudesse fazer por mim e que era puro milagre. Foi bom para que eu entendesse que eu precisava não só da cura, mas do Curador dentro de mim”, conclui.