Ela teve paz e não medo

Ao descobrir um tumor maligno, a professora Clotilde Moreira, de 55 anos, não abaixou a cabeça nem abandonou sua Fé

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Em outubro de 2022, a professora Clotilde Moreira, de 55 anos, realizou alguns exames de rotina. Como a mamografia apresentou algumas microcalcificações, imediatamente foi solicitada uma biópsia. “No resultado deu um aglomerado de células atípicas”, conta Clotilde. A médica mastologista optou por retirar a lesão cirurgicamente e submeter esse material a uma nova biópsia. O diagnóstico foi de carcinoma ductal in situ, ou seja, era um câncer. “Eu e minha família levamos um grande susto quando soubemos do diagnóstico. Eu não senti absolutamente nada, não suspeitei de nada, não tive sintomas, não achei que tinha algo de errado. Eram exames de rotina. Nunca esperamos uma doença desse tipo, ainda mais, sendo bem sincera, por estarmos na Igreja buscando a Deus. Estou na Universal há mais de 30 anos. Ao mesmo tempo, recebemos todo o apoio que se possa imaginar dos nossos pastores, que nos orientaram a fazer tudo que os médicos pediram e a manter a Fé. Confiamos no Deus que não muda e que jamais desampara aqueles que estão com Ele.”

Na cirurgia, além da área lesionada, foi retirada também uma grande parte ao redor da lesão para evitar que células cancerígenas permanecessem ali, escondidas. O tratamento seguiu com radioterapia, com prescrição de 23 sessões, que foram iniciadas nas últimas semanas de dezembro de 2022. “Foi um tratamento cansativo, mas eu estava confiante. Por mais que fosse um diagnóstico difícil, minha alma estava em paz e minha família também. Em nenhum momento nós blasfemamos ou murmuramos, mas confiamos que Deus estava cuidando de cada detalhe. Paralelamente ao tratamento, eu usava minha Fé e a água que era consagrada todos os domingos na Igreja: eu ungia o seio, tomava a água e participava das campanhas de Fé e também dos encontros voltados ao Espírito Santo, às quartas-feiras e aos domingos. Nunca duvidamos do poder de Deus e não seria por conta do diagnóstico de câncer que Deus deixaria de ter o espaço e o lugar que Ele sempre teve na nossa vida. Sabíamos que a doença não era nada para Deus e conhecíamos Seu poder magnífico. Não abaixamos a cabeça, mas mantivemos a nossa Fé viva.”

Ela conta que durante todo o tratamento a única reação adversa que teve foi de perda de peso. “Precisei fazer uma série de exames e, em cada aparelho que entrava, eu sentia uma paz e uma certeza grande de que Deus estava comigo. Quando ia fazer as biópsias, percebia que o pessoal saía de lá chorando. Não posso dizer que sofri, pois não sofri. Eu sempre falava para Deus que eu não precisava entender o que estava se passando comigo, mas confiar nEle. Sabia que Ele tinha um plano para a minha vida.”

NOVO MAL
Em junho passado, Clotilde precisou fazer uma nova mamografia. “Eu tinha que repetir uma série de exames. Todos os exames estavam bons, mas, para minha surpresa, a mamografia deu BI-RADS 4 novamente, o que significava a presença de uma nova microcalcificação. A BI-RADS 4 é uma categoria que mostra que a suspeita de câncer é muito alta. A médica se disse preocupada porque a lesão era bem próxima da anterior. Havia grande chance de ser alguma célula maligna que escapou do tratamento e, se isso fosse confirmado, desta vez, o seio seria retirado. Ela até explicou como a reconstrução poderia ser feita. Não foi fácil receber uma notícia dessa”, relembra. Então, Clotilde precisou fazer outra biópsia.

TUDO “ERRADO” QUE DEU CERTO

Os médicos, porém, não conseguiram fazer o procedimento. “Eles precisavam me virar de um lado para o outro e nada. Deu tudo errado, mas eu sabia que esse ‘tudo errado’ era o ‘certo’ de Deus. Ali, tive certeza de que Ele estava trabalhando.” Então, a médica optou por fazer uma biópsia por agulhamento. Em julho, Clotilde recebeu o resultado em casa. “Eu chorei muito: constava ausência de neoplasia maligna. Não tinha mais nenhuma célula maligna”, declara.

Agora curada, Clotilde continua em acompanhamento médico e refaz os exames periodicamente. “Digo que, quando saímos de uma guerra – ainda mais de uma guerra como essa –, temos que cuidar dos ferimentos. Então, faço acompanhamento até hoje, mas sei que nada disso seria possível se não fosse a nossa Fé em Deus e o cuidado dEle. Senti, de verdade, o cuidado de Deus em cada aparelho em que eu entrava e volto a dizer: nunca perguntei a Deus por que aquilo estava acontecendo comigo e dizia para Ele que eu não precisava entender, mas confiar. Sem a Fé, sem a certeza do nosso Deus, eu não estaria contando esse testemunho. A Fé foi o meu combustível”, finaliza.

O QUE É O CÂNCER DE MAMA?

O câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. É o tipo de câncer que causa mais mortes em mulheres: em 2021, foram 18.139 mortes. Homens também podem ter câncer de mama, mas os casos são raros (de apenas 1% ). Entre os sinais de câncer de mama destacam-se a presença de um caroço (nódulo) endurecido, fixo e geralmente indolor, alterações no bico do peito (mamilo), saída espontânea de líquido de um dos mamilos, pequenos nódulos na região embaixo dos braços ou no pescoço e pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.

Diversos fatores estão relacionados ao surgimento do câncer de mama, como obesidade e sobrepeso depois da menopausa, sedentarismo, exposição frequente a radiações ionizantes (raios X, mamografia e tomografia), primeira menstruação (menarca) antes dos 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) por tempo prolongado, parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos, ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se for por mais de cinco anos, e histórico familiar. Vale ressaltar que a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá, necessariamente, a doença.

A prevenção do câncer de mama é possível com a manutenção do peso corporal adequado, prática de atividade física e evitando o consumo de bebidas alcoólicas. A amamentação também é considerada um fator protetor. Outra recomendação é que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos.

Site consultado: Instituto Nacional de Câncer (INCA)

Cura total pela fé

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: cedidas