O retorno de Jezabel às telas
A macrossérie Jezabel, de volta desde novembro à programação da Record TV, revela a história de quem estava ao lado de um dos reis mais reprovados da história de Israel
A Bíblia não dá muitas informações sobre Jezabel (1 Reis 16.29 e 2 Reis 9.34). Mesmo assim, é possível extrair várias lições dos poucos, mas relevantes, detalhes. Por meio dos livros 1 e 2 Reis do Antigo Testamento, sabe-se que Jezabel foi uma princesa, filha de Etbaal, rei e sacerdote de Tiro e Sidom, que se casou com Acabe, rei de Israel, graças a um arranjo político, militar e econômico, e logo se tornou rainha.
Sua influência, sobretudo espiritual, ao longo desse reinado foi inegável. Até então, os olhos espirituais de Israel estavam voltados a um único Deus. Mas Jezabel, que era devota de Baal-Melcarte (um deus cultuado na Fenícia), fez com que Acabe tolerasse práticas pagãs que se alastraram por toda a Samaria (1 Reis 16.31-33). Com isso, ela levou para seu novo lar sacerdotes e profetas de sua religião: ao menos 450 profetas de Baal e 400 profetas da deusa Asera estavam com ela (1 Reis 18.19). Com o passar do tempo, além de incitar Acabe a introduzir o culto a Baal, Jezabel passou a perseguir e exterminar os profetas do Deus de Israel, como mostra 1 Reis 16.32-33.

A macrossérie Jezabel detalha essa história bíblica em 80 capítulos e, desde o dia 20 de novembro, está sendo reprisada pela Record TV. Exibida pela primeira vez em 2019, a produção conta com passagens gravadas em cenários paradisíacos de Marrocos e nos estúdios cinematográficos do Polo Cinematográfico de Paulínia, localizado em São Paulo. A história de Jezabel, vivida pela atriz Lidi Lisboa, volta às telas enquanto a décima temporada da superprodução Reis sai do forno. Essa é uma oportunidade de rever o rei Acabe (André Bankoff), Elias (Iano Salomão) e seu discípulo Eliseu (Ronny Kriwat), Aisha (Adriana Birolli), a primeira esposa de Acabe, além de outros personagens, como Raquel (Sthefany Brito), Micaías (Guilherme Dellorto), Hannibal (Rafael Sardão), Queila (Juliana Knust), Thanit (Mônica Carvalho), Baltazar (Alexandre Slaviero), Dido (Juliana Xavier), Obadias (Juan Alba) e Barzilai (Timóteo Heiderick).
De certa forma, a reapresentação da série ajuda o público a visualizar não apenas o contexto histórico dos livros bíblicos de Reis, retratados na série homônima, mas também permite que ele se coloque na realidade à qual já nos familiarizamos anteriormente, marcada por escolhas que ferem o relacionamento tão desejado pelo Altíssimo com a Sua principal criação. A história convida cada telespectador a manter o cuidado espiritual necessário para estabelecer um bom relacionamento com Deus.
REI IRRITANTE, RAINHA MÁ
Na Bíblia, é possível perceber um rastro de ingratidão e vulnerabilidade espiritual ao longo de 1 Reis 16.1-2, 15,16, 23-26 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH): “O Senhor Deus falou com o profeta Jeú, filho de Hanani, e lhe deu esta mensagem a respeito de Baasa: “Você não era ninguém, mas eu fiz com que você se tornasse o chefe do meu povo de Israel. E agora você pecou como Jeroboão e fez o meu povo pecar. […]
No ano vinte e sete do reinado de Asa em Judá, Zinri foi rei de todo o povo de Israel, em Tirza, durante sete dias. Os soldados israelitas […] souberam que Zinri havia feito uma conspiração contra o rei e que o havia assassinado. Por isso, naquele mesmo dia ali no acampamento, eles escolheram Onri, o comandante do exército, como rei de Israel. […] No ano trinta e um do reinado de Asa em Judá, Onri se tornou rei de Israel e governou doze anos. […] Onri pecou contra o Senhor Deus mais do que todos aqueles que haviam sido reis antes dele. Como Jeroboão havia feito antes dele, Onri fez com que o Senhor, o Deus de Israel, ficasse irado por causa dos seus pecados e por fazer o povo de Israel adorar ídolos.”

Na Bíblia Fiel Comentada com as Anotações de Fé do Bispo Macedo, o Bispo observa que “a sucessão de reis de Israel revelava a continuação de uma história de infidelidade e maldades” e que “Acabe deu sequência aos pecados de Onri, seu pai”. O rei Acabe governou por 22 anos em Samaria e “[…] pecou contra o Senhor Deus mais do que qualquer um dos que haviam sido reis antes dele. Não se contentando em pecar como o rei Jeroboão, Acabe fez pior e se casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei de Sidom, e adorou o deus Baal. Acabe construiu um templo para Baal em Samaria, fez para ele um altar e o colocou no templo. Levantou também um poste-ídolo e assim fez mais coisas para deixar o Senhor Deus irado do que todos os reis de Israel haviam feito antes dele”, como descrito em 1 Reis 16.29-33.
Considerado muitas vezes o pior rei de Israel, a Bíblia reforça que não houve “ninguém que tivesse se entregado tão completamente a fazer coisas erradas como Acabe: e que ele fez tudo por sugestão da sua esposa Jezabel” (I Reis 21.25, NTLH). Ambos se tornaram responsáveis pela decadência espiritual do povo naquela época, que passou a hesitar “entre dois pensamentos” (1 Reis 18.21).
A partir daí, a trama da Record TV se desenrola com feitos bastante conhecidos e esperados pelo público, como a seca que atinge Israel, o encontro do profeta Elias (que mantém princípios e Fé inabaláveis) com a viúva de Sarepta (1 Reis 17.9), a fome extrema em Samaria e o aguardado desafio no monte Carmelo. A forma como Jezabel assiste a tudo que acontece ao seu redor, contudo, a leva a desprezar e perseguir Elias, até que ela colhe as consequências de todo mal que semeou.
NÃO PERCA
A macrossérie Jezabel é exibida de segunda a sextafeira, às 21h, na Record TV. Os episódios estão disponíveis, com exclusividade, na plataforma de streaming Univer Vídeo.
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