“O vazio vinha à tona quando eu chegava em casa”
Depois de anos de busca, Raquel Miranda finalmente encontrou a cura para os seus traumas do passado
A psicanalista clínica Raquel da Silva Cardoso Miranda, de 30 anos, cresceu em um lar conturbado e cheio de brigas. Ela morava com seus avós paternos, sua mãe, suas irmãs e seu pai, mas ele era dependente químico e passava mais tempo fora do que dentro de casa. Em razão do vício do pai, sua vida foi marcada por crises de ansiedade e insônia. “Meu pai ficava muito tempo fora de casa e só voltava para pegar mais dinheiro para sustentar o seu vício. Passávamos muitas noites correndo na rua para nos escondermos dele e com medo do que ele poderia fazer”, relembra.
Por causa dos problemas familiares, além das crises de ansiedade e da insônia, Raquel passou a ter pensamentos suicidas: “eu costumava me beliscar e arranhar meu corpo como forma de aliviar a dor que existia dentro de mim”. Ela conta que ficava dentro de um quarto escuro chorando, se sentia tensa e pensava que algo ruim aconteceria a qualquer momento. “Eu tinha muito medo do meu pai e só de vê-lo eu tremia. Isso alimentou o ódio que eu sentia por ele. Além de ser ausente, ele ainda me fazia sofrer muito”, detalha.
Quando completou 22 anos, ela resolveu sair da casa de seus avós e foi morar com o namorado, pois achava que, dessa forma, sua vida melhoraria. Entretanto ela explica que não conseguia dormir e ouvia muitos barulhos em casa, como se alguém estivesse mexendo nas coisas, mas, além dela e do companheiro, não havia mais ninguém no local. “Eu me sentia solitária e quase tive depressão”, lembra. Ela tentou preencher o vazio que sentia em diversos lugares, até mudou de casa, mas seu sofrimento continuou. “Então, comecei a ir a festas aos finais de semana, passei a beber para tentar preencher o vazio que eu tinha e vivia rodeada de amigos, mas aquele vazio vinha à tona quando eu chegava em casa”, recorda.
Raquel diz que já não aguentava mais carregar o ódio contra seu pai e viver infeliz, até que conheceu o trabalho da Universal na sede estadual de Macapá (AP), em 2019, por meio de seu namorado na época, que hoje é seu marido. Ela conta que foi muito bem recebida ao chegar à Universal.
“Vi na igreja o que não tinha visto em nenhum lugar. Me senti abraçada e senti uma paz tão grande dentro de mim que quis mais daquilo e, então, comecei a frequentar todas as reuniões”, afirma. Depois de seis meses, ela se batizou nas águas, perdoou o pai e se livrou de todos os sentimentos ruins.
Ao ouvir sobre a importância do Espírito Santo, Raquel passou a buscá-Lo incansavelmente, pois desejava se tornar uma nova criatura e queria ter constantemente a paz que Ele traria a ela. Foi quando O recebeu: “então, eu conheci o que era a paz e a felicidade que tanto busquei no mundo. Ele me ensinou a olhar para mim mesma com respeito e a reconhecer meu valor. Hoje minha vida tem um sentido, que é o Senhor Jesus”, ressalta.
Hoje, Raquel tem paz, alegria e nada a abala. “Posso passar pelo deserto, mas tenho certeza da vitória. O Espírito Santo completa todo o meu ser. Não tem luto, guerra ou perda, Ele está sempre comigo. Não sei viver sem a Presença dEle”, declara. Ela conta que agora mantém um bom relacionamento com seu pai, além de ter uma família abençoada e restaurada.
Depois de receber o Espírito Santo e encontrar as respostas que buscava, atualmente Raquel compartilha sua experiência com quem necessita de apoio. “Hoje faço parte do grupo Depressão Tem Cura e ajudo as pessoas que vivem como eu vivia”, conclui.
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