"Ou Deus mudava minha vida ou eu ia acabar me matando"

Conheça a história de transformação da cozinheira Sirléia Lisboa

Imagem de capa - "Ou Deus mudava  minha vida ou eu ia acabar me matando"

Aos 12 anos ela já estava em um relacionamento, aos 14 começou a tomar bebidas alcoólicas, com 17 passou a fumar e aos 18 conheceu a cocaína. Esses foram os anos iniciais da cronologia de destruição na vida da cozinheira Sirléia Lisboa, de 37 anos, que passou a infância em um ambiente familiar destruído.

"Ou Deus mudava  minha vida ou eu ia acabar me matando"

Ela recorda das inúmeras brigas, agressões e traições que presenciou entre os pais. Ela começou a namorar bem cedo, mas tudo que os pais viveram ela também viveu em um relacionamento conturbado que durou quase 20 anos.

“Eram idas e vindas com traições e mentiras de ambas as partes. A droga acabou sendo um refúgio para suprir o vazio que eu tinha dentro de mim”, conta.

Sirléia já tinha experimentado maconha e lançaperfume, mas queria algo mais forte que pudesse aplacar a dor do vazio que sentia. Foi quando um amigo lhe ofereceu cocaína e alegou que ela teria uma sensação de coragem e liberdade.

Contudo a sensação passava e o vazio que ela tentava camuflar de maneira errada se tornava cada vez maior. “Minha mãe queria me internar porque eu fiquei quase louca. Eu trabalhava na época e na ida ao trabalho queria me jogar na frente dos carros. Não tinha mais alegria e tinha medo de tudo. Eu não aceitei ser internada, mas minha mãe já estava com medo que eu me matasse”, relata.

A última porta
Sirléia foi convidada para participar de uma reunião na Igreja Universal. “Eu estava ficando louca, mas não gostava da Igreja. Eu achava que o Bispo Macedo era ladrão e que lá só queriam o meu dinheiro. No entanto, quando a situação apertou, eu sabia que lá tinha libertação e eu precisava dela. No fundo eu admirava o trabalho da Universal e existia lá algo diferente”, afirma.

Depressiva, com síndrome do pânico, ouvindo vozes e vendo vultos, ela aceitou o convite para participar da reunião. “A pregação parecia que era só para mim. Eu ouvi, recebi aquela oração e ali eu decidi obedecer porque eu não tinha mais nada a perder. Eu já tinha ido a outros lugares e meu problema nunca era resolvido. Ali era a minha última porta. Se o Pastor falasse que eu devia obedecer para mudar de vida, então, eu obedecia”, conta.

A diferença já foi nítida logo no primeiro dia. “Eu andava como se carregasse um caminhão nas costas e, depois daquela reunião, fiquei leve. Naquela mesma noite consegui dormir”, relembra.

Em três meses, Sirléia conta que já estava livre de todo aquele mal. “Eu cheguei destruída na Igreja. Era tudo ou nada. Eu não tinha dificuldade de obedecer à Palavra e foi aí que teve a mudança: ou Deus mudava minha vida ou eu ia acabar me matando porque o desejo de tirar a minha vida era grande. Eu ouvia o que o Pastor falava no Altar e praticava. Por isso minha libertação foi tão rápida.”

Ela se libertou e estava entregue à nova Fé. Quando ouviu falar do Espírito Santo, ela entendeu que era o que lhe faltava para ser completa. “Eu jejuava,o rava de madrugada, tudo o que eu fazia era para ter o Espírito Santo quando entendi que precisava dEle e que sem Ele não conseguiria permanecer. Até que O recebi. E então, finalmente, acabou o vazio, aquela tristeza profunda, a insegurança e o medo. Aquela Sirléia nervosa que precisava de momentos de prazer para ter alguma alegria morreu e há dez anos, pela misericórdia de Deus, eu O sirvo”, finaliza.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Demetrio Koch e Arquivo pessoal