Ator Jonah Hill compara vício no Instagram com o de cigarro
Vivemos em uma época extremamente conectada. Mas até que ponto isso pode ser prejudicial?
Em entrevista ao “GC Style“, o ator Jonah Hill comparou o uso do Instagram com o seu próprio vício em cigarro.
Para ele, a rede social se tornou uma espécie de “droga da modernidade”. É uma maneira da pessoa buscar prazer sem perceber que já está viciada, além de ser possível notar que a plataforma influencia outros fatores psicológicos relacionados com o seu uso constante.
O lado ruim das redes sociais
Durante a conversa, quando o diretor Adam McKay avaliou que as redes sociais “têm muitas coisas realmente obscuras” e que “pode ser muito tóxico”, o ator, conhecido pelos filmes “O Lobo de Wall Street” (2013) e “Superbad” (2007), fez a sua consideração sobre o tema.
“Instagram. Como eu fumo cigarro, eu sei que isso é o ‘cigarro’ dessa época. É o maior assassino. É a morte. E participo plenamente disso, assim como fumo cigarro”, disse Jonah e acrescentou: “Eu tenho que ter uma interação muito limitada com o Instagram. Mas, vou postar a minha selfie”.
Eles querem a sua mente
O documentário “O Dilema das Redes” e outros materiais relacionados com esse assunto já revelaram como tudo o que acontece nas plataformas (Facebook, Instagram, TikTok, entre outros) não é por acaso, mas milimetricamente planejado com algoritmos.
Só para ilustrar, segundo o relatório “The State of Mobile”, da App Annie, o TikTok tem sido a rede social em que as pessoas mais gastam tempo acompanhando. O aplicativo ficou à frente até mesmo do Youtube e do Facebook.
Um artigo publicado no Medium, em setembro de 2020, mostrou como o algoritmo de recomendações de vídeos do TikTok opera altamente no sistema de recompensas do cérebro. E isso é extremamente viciante. Ou seja, a rede social foi propositalmente arquitetada para segurar a pessoa na tela do celular por horas e horas.
Detox das redes sociais
Sabendo disso, há pessoas que têm procurado o afastamento das redes sociais e dos demais bombardeios das tecnologias. Há até uma classificação para esta atitude: “JOMO” (um acrônimo para “Alegria de estar de fora”, na tradução livre do inglês).
Uma das principais autoridades no assunto é a escritora canadense Christina Crook. Para ela, esse atual excesso de busca por informações pode afastar as pessoas de outros temas importantes da vida. “Acredito que só 1% das pessoas vai dizer que a felicidade está no celular. A maioria encontra a alegria na natureza, em um hobby criativo, em estar com a família e amigos compartilhando uma refeição”, disse em entrevista exibida pelo programa “Fala Que Eu Te Escuto“, do dia 12 de agosto.
Ela acredita que a tecnologia é um caminho sem volta. Não é que a pessoa vai abandonar completamente tudo isso, mas é o uso cada vez mais consciente e limitado, em busca de usar o tempo livre com outras atividades.
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