Conteúdo ultraviolento postado nas redes sociais é alvo de estudos

Cenas de automutilação até imagens de assassinatos são divulgados sem restrições

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Entre abril e maio de 2023, o Núcleo Jornalismo, plataforma que investiga o impacto das redes sociais, analisou quarenta perfis da comunidade gore (expressão utilizada para classificar conteúdos de violência explícita) no Twitter, plataforma modificada recentemente para “X”. Em um mês, mais de 3 horas de filmagens de vídeos curtos e centenas de imagens violentas sem restrição foram publicadas.

Saiba detalhes:

O conteúdo analisado pelo Núcleo, apresentava imagens de soldados mortos, abuso contra animais, abuso sexual, autópsias, necrofilia, violência, assassinatos, entre outros. Para facilitar o consumo do conteúdo, alguns perfis chegam a anunciar a venda do conteúdo e utilizam um dicionário com termos que classificam diferentes tipos de violência e crimes.

Falando em crime:

O ato insensível de publicar e compartilhar imagens de pessoas falecidas podem ser considerado crime, e, dependendo das circunstâncias, o caso pode se enquadrar como vilipêndio a cadáver, cuja pena prevista é detenção de um a três anos, segundo o Código Penal.

Não para por aí:

Apesar das diferentes maneiras e tentativas de regulamentação das redes sociais e seus conteúdos, a maldade e insensibilidade humana cresce sem limites. Por isso, materiais como os citados são disponibilizados com cada vez mais facilidade.

Além dos conteúdos presentes na classificação gore, outros tipos de tópicos são divulgados livremente e influenciam – direta ou indiretamente – o seu público. Discursos maldosos, fake news, fraudes e golpes também compõem as frequentes publicações compartilhadas na rede.

Relembre algumas notícias:

Cuidado com o que você acessa:

É importante que o usuário fique atento se o conteúdo recebido contribui positivamente ou não à sua vida. Um cuidado que também se estende a pai e responsáveis, já que, segundo o último levantamento do Twitter Brasil, 7 a cada 10 jovens são usuários ativos da plataforma e possuem livre acesso a esse tipo de material.

Assim, mantenha-se vigilante à forma em que esta e outras redes sociais têm lhe persuadido. E, ao se deparar com aqueles que desrespeitam as normas estabelecidas, prejudiquem o seu bem-estar ou implicam a integridade de seu próximo, denuncie!

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Colaborador

Yasmin Lindo / Foto: iStock