Recentemente, o Grupo Globo renunciou à exclusividade nas transmissões online da Copa do Mundo de 2022. A emissora entrou com uma ação judicial, contra a Fifa, para reduzir o valor das parcelas para transmitir a copa.

Com isso, o grupo não poderá mais exibir o jogo em suas plataformas de streaming na internet. O pacote online é avaliado em US$8 milhões, cerca de R$43 milhões na cotação atual e permite publicidade em estádios ao longo dos 64 jogos, além da realização de ações digitais.

Entenda

A ação da Globo contra a FIFA foi protocolada em junho do ano passado, na 6ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A justiça, então, suspendeu o pagamento do contrato de US$90 milhões, aproximadamente R$490 milhões de reais. Àquela época, o Grupo Globo alegou à justiça que a pandemia de COVID-19 o prejudicou. 

Todo o valor era referente ao contrato vigente de 2015 a 2022 para a transmissão das copas de 2018 e 2022, as copas femininas e as categorias sub-17 e sub-20.

A emissora, que se consagrou na transmissão da maior paixão do brasileiro, agora encara grandes perdas, não somente no entretenimento esportivo. Ninguém imaginava que a maior emissora do País entraria em séria crise e teria que dispensar artistas e abrir mão do monopólio do esporte. 

Essa não é a primeira perda do grupo. Recentemente, a Globo perdeu a transmissão da Libertadores, do Campeonato Paulista, do Campeonato Carioca, Campeonato Mineiro, da Copa América, parte das Eliminatórias e da Fórmula 1.

Apenas no primeiro semestre deste ano, o Grupo registrou prejuízo de R$114 milhões, apesar da receita de R$6,451 bilhões. Apenas em 2020, o faturamento da empresa foi 11% menor que o ano anterior e o lucro despencou 77%. 

Segundo informações dos bastidores, os funcionários estão receosos com demissões em massa, diante de cortes de grandes ícones da emissora como Renato Aragão, Regina Duarte, Zeca Camargo, Antônio Fagundes, Miguel Falabella e José de Abreu.