Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, a empresa alemã Adidas, patrocinador oficial da Copa do Mundo da FIFA, emitiu um insulto de proporções épicas à mulher brasileira. Aos olhos de uma campanha de marketing da marca das três listras nos EUA, a mulher brasileira nada mais é do que um objeto sexual.

Veja as imagens e julgue por você mesmo:

A primeira, à esquerda, fala por si mesma. Um bumbum com fio dental no lugar do coração na frase “Eu amo o Brasil”. A segunda, também com design gráfico que grita “amadorismo”, traz a frase “Lookin’ to score”, que em inglês dá o duplo sentido “querendo marcar gol” e “querendo pegar mulher”.
A alusão descarada ao turismo sexual no Brasil foi recebida com indignação pelo Governo brasileiro, que repudiou a iniciativa da empresa. A Adidas se desculpou e retirou os produtos de circulação.
Tendo morado fora do Brasil por mais de 20 anos, eu sei bem como a mulher brasileira é vista por muitos estrangeiros. O que eu nunca vi foi isso ser oficializado por uma empresa do porte da Adidas. Uma vergonha. Indesculpável.
Porém, o que esperar se em nosso país não faltam candidatas para o Miss Bumbum, nem patrocinadores, e muito menos audiência?
Pode o país do Carnaval, onde um dos produtos principais é o corpo seminu da mulher brasileira, reclamar de tal fama no estrangeiro?
Pode o Brasil como segundo maior produtor e consumidor de pornografia no mundo esperar que a mulher brasileira seja respeitada?
Enquanto os homens brasileiros não valorizarem a mulher e a mulher brasileira não se valorizar, infelizmente ela não deixará de ser vista apenas como um objeto sexual.
Isso afeta a todos nós. Milhares de turistas estão chegando por aí. Muitos deles não estarão buscando ver o Pão de Açúcar, nossas praias, nem os gols de seus times na Copa. Muitos buscarão não só mulheres, mas meninas de 12, 13, 14 anos para satisfazerem seus apetites sexuais.
Faça alguma coisa. Boicote a Adidas nessa Copa. Divulgue essa mensagem. Deixe de ser cliente da pornografia. Mulher, valorize o seu corpo.
Acorda Brasil.
 
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