Mesmo diante da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus, o número de empresas abertas no Brasil superou o das que fecharam as portas em 2020. De acordo com o Ministério da Economia, 3,359 milhões de novos negócios surgiram e 1,044 milhão foram fechados. Contudo o que muitos autônomos e microempresários não entenderam ainda é que há um fator preponderante para que cresçam no mercado ou encerrem suas atividades: a qualidade do produto/serviço que oferecem. É ela que determina a satisfação do cliente.

Para Davi Jeronimo, administrador de empresas e consultor de negócios no Sebrae/SP, quem quer prestar um serviço de qualidade precisa ter clareza quanto ao que vai ofertar. “O que ocorre, geralmente, é que o profissional promete a mais e, quando presta o serviço, acaba entregando menos e com qualidade duvidosa. O importante é que ele faça um bom planejamento dos seus serviços e cobre o preço justo e acordado para execução”, afirma.

Segundo o consultor, um dos erros mais comuns é não prever adequadamente o tempo e o material necessário para realizar determinado serviço. Ele ressalta ainda como o empresário deve se comunicar com o potencial cliente: “ele deve divulgar seus serviços respondendo três perguntas: ‘por que faço?’, ‘como faço?’ e ‘o que faço?’ Esta é a melhor forma de agregar valor ao que você está oferecendo ao seu cliente”, avalia.

Outro ponto importante, diz o consultor, são os contratos. “Os acordos verbais devem ser evitados. A empresa tem que honrar seus compromissos e receber pelos serviços prestados. Um bom contrato de prestação de serviços poderá fazer com que a empresa evite problemas no futuro com seus clientes e fornecedores. Convém lembrar do ditado popular que diz ‘o que não está escrito não está no mundo’. Uma empresa tem que ser formal em seus negócios”, adverte.

O próximo passo é escolher a forma de pagamento. “O prazo de pagamento depende da política da empresa. É sempre bom lembrar que, quanto mais prazo você der ao cliente, mais dinheiro vai faltar em seu caixa. Se você dividir os recebimentos em até três vezes sem juros e sua empresa tiver que comprar material para fazer o serviço, o ideal é que você também parcele o pagamento ao seu fornecedor em três vezes, por exemplo”, orienta.

Para não perder dinheiro faça movimentos que não prejudiquem seu negócio. “Se o cliente vai pagar parcelado e você precisar fazer uma antecipação de um valor no banco, é recomendável que a taxa cobrada pela instituição seja repassada ao cliente. Dessa forma, o montante não sairá do lucro de sua empresa”, esclarece.

Hoje o empreendedor tem a seu dispor uma série de facilidades na hora de receber pela prestação de serviços, como emissão de boletos, uso de cartões, depósitos bancários e pagamento via Pix. “O empresário deve escolher a mais conveniente para ele. Lembre-se de incluir no orçamento as taxas bancárias, em caso de recebimento por meio de cartões”, diz Jeronimo.

Se você busca uma nova visão para seu negócio, participe do Congresso para o Sucesso, que ocorre às segundas-feiras, na Universal. Os encontros de Fé trazem mensagens baseadas na Palavra de Deus e têm o objetivo de ajudar empresários a encontrar soluções inovadoras para seus empreendimentos.