Quando fui levantada a obreira – não faz muito tempo, só há 23 aninhos – tínhamos que encomendar o uniforme e aguardar ansiosamente pela chegada dele. Muitas vezes demorava meses. Algumas gostavam de pedir um ou dois números maiores do que o delas para não correrem o risco de ele ficar apertado ou curto demais. Sentiam-se confortáveis com a ideia de que poderiam apertá-lo ou folgá-lo se necessário.

O comprimento ideal da saia era abaixo do joelho, e ela precisava ser larga o suficiente para rodá-la no corpo. O objetivo era não permitir que a saia dificultasse os nossos movimentos. Pensávamos sempre na reunião de libertação, na qual, muitas vezes (para não dizer sempre), exigia de nós movimentos bruscos e rápidos na hora de libertar as pessoas.  Nosso uniforme não podia nos limitar.

Mas, naquela época, já havia as obreiras desatentas sem noção, que exageravam no comprimento. Em vez de usarem a saia um pouco abaixo do joelho, a usava quase no tornozelo (tudo bem vai, estou exagerando um pouquinho).

Não sei se isso dava a elas uma sensação de santidade, mas a verdade é que ficavam parecendo beatas e, na tentativa de acertar, erravam feio, pois transmitiam uma aparência desleixada.

E a blusa? Esse é outro capítulo… rs

A blusa tinha aquela manga bufante (as mais novinhas vão achar que eu estou falando outra língua…rs), mas esse tipo de manga era muito usada na época.  

Quando usada da forma adequada, ela dava um ar elegante ao figurino. Entretanto, as obreiras sem noção que não queriam correr o risco de parecerem “carnais”, quando encomendavam a blusa, usavam o mesmo critério adotado na compra da saia. Encomendavam um numero maior e o resultado era aquele caimento desleixado, pois ficava toda desajeitada em seu corpo. Para quem não conhece esse tipo de manga, assim como no caso de um blazer, se não ficar encaixada certinha no ombro fica toda desengonçada. Muito deselegante, por sinal.

Onde estou querendo chegar? Calma, eu vou chegar….rs

A igreja cresceu, se desenvolveu, amadureceu e se modernizou. Ops… Mas não devemos confundir modernidade com libertinagem. Moderna sim! Mas à moda antiga.

Hoje nós, mulheres de Deus, entendemos e aprendemos que é possível sim ser moderna sem abrir mão da discrição e da elegância. Podemos sim nos aproveitar das tendências de moda dos dias atuais e adequá-la para a nossa realidade cristã. Devemos isso ao Godllywood, embora ainda haja quem se refira a ele com desdém. Mas isso é outro assunto.

Voltemos aos uniformes.

Hoje, o mais comum é vermos o inverso. Em vez de saias longas e largas demais, algumas são curtas e apertadas demais. Na maioria dos casos, acontece de a obreira pedir uma numeração menor que a ideal para o peso e altura dela.

Mas a gente sente quando uma roupa está apertada, não é? E esse tipo de sentimento pode, meninas! Sentir que uma roupa está apertada, não é ser sentimental, é ter bom senso!

Hoje temos o privilégio de experimentar o uniforme antes de comprá-lo. Temos também disponíveis opções de modelagem (Regular e Petite) de acordo com a nossa altura. Mas, infelizmente, algumas obreiras não têm se atentado a esses detalhes tão importantes e fundamentais. Ignoram as orientações com respeito à modelagem adequada para a sua estatura e usam o uniforme desproporcional ao seu tipo físico.

E o que temos visto por aí são obreiras desfilando no salão com saias apertadas, curtas ou marcando o corpo. 

Como mulheres, devemos entender bem o nosso corpo, e como obreiras, devemos compreender o tamanho ideal do nosso uniforme para que não chamemos atenção de forma negativa.

Por exemplo, quanto à saia, a orientação é que as mais magrinhas a usem na altura do joelho, e as mais cheinhas no meio do joelho. Mas, creio que o principal termômetro para o tamanho ideal é o bom senso.

No meu caso, independentemente do meu peso, se visto uma saia (estou me referindo ao uniforme de obreira), e ao me sentar percebo que ela sobe mais do que deveria, deixando a mostra parte das minhas coxas, o meu bom senso vai me dizer “Não tá legal”. Mas há quem prefira ignorar o bom senso.

Se seguirmos as orientações que nos foram passadas, com certeza o nosso uniforme terá num caimento bonito, elegante e discreto no nosso corpo de maneira que o Senhor Jesus também poderá ser visto e glorificado nas nossas vestes.

PS.: 

A modelagem Regular possui 5 cm a mais no comprimento da blusa. É recomendável para quem tem mais de 1,60 de altura.

A modelagem Petite se ajusta bem para quem tem 1,60m ou menos de altura.

 Jeane Vidal.