Primeiro, eu acho que isto acontece porque temos a certeza que a nossa opinião é boa. Ou, na maioria das vezes, achamos mesmo que é a melhor. Sabe aquela certeza tão absoluta, que a gente tem quase que trancar a língua na boca e jogar a chave fora?

Segundo, porque quando temos um pouco mais de maturidade que a pessoa em questão, já sabemos que o resultado da sua escolha será ruim. Então, com o incômodo de vislumbrar o sofrimento alheio, queremos palpitar, e as palavras começam a surgir como um motor velho que precisa de muitos arranques para pegar.

Ou seja, quem está dando opinião, tem dificuldade para perceber que não precisa repetir tantas vezes. Não precisa de tanto ruído, constrangimento ou imposição.

Terceiro, temos a tendência de achar que o outro é menos capaz do que nós em algum sentido.

Há muitos outros motivos porque gostamos tanto de opinar, principalmente, em tempos de internet.

Os donos da verdade

Mas, tem mesmo valor a nossa opinião em casos particulares, pessoas distantes e desconhecidas?

E para os de perto, maiores e “vacinados”, não é melhor ajudar a pessoa a pensar, em vez de empurrar goela abaixo a decisão que deve ser tomada?

Não somos os donos da verdade e não devemos ter a pretensão de ser nem parecer.
Por isso, não devia doer tanto nem causar resmungos ficar calado ou não ser ouvido.

Já imaginou que Deus, a Verdade em Pessoa, não Se intromete na vida de ninguém? E Ele deixou um Livro, que contêm todos os Seus sábios conselhos, mas lê e crê quem quer.

Então, mesmo sabendo de todas as escolhas erradas que cada um faz, Deus respeita e deixa o ser humano decidir por si mesmo.

Certamente, ser o menos ouvido no mundo, causa dor a Ele, mas percebemos que amor vem acompanhado de liberdade e respeito.