É impossível plantar e não colher...
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Gosto tanta desta foto! Ela tem a minha avó e a minha bisavó.
A primeira, tive bastante convivência, já a segunda, não muito. A bisa Pedrolina, filha de índios, alta, esguia, de poucas palavras, de fala mansa e baixa morava em São Gotardo e nós morávamos em Uberlândia. Então, havia uma distância de quase 5 horas de estrada entre nós. Mas, ainda me lembro como se fosse hoje, a ocasião que esta foto foi tirada.
Era um momento especial em que estávamos em Ibiá, em frente à casa onde a vozinha começou a sua família. Onde a minha mãe e os meus tios viveram a infância.
Eu era muito tímida, mas na hora do clique da Kodak (daqueles rolos antigos), eu estava tão feliz, que banquei de boba e coloquei a língua para fora. Não sei de onde saiu o gesto, porque eu nunca tinha feito aquilo.
Depois que passou o momento de alegria e as fotos estavam impressas (cerca de uns 20 dias talvez, porque tínhamos que esperar o filme acabar, pagar para revelar e só depois curtir as fotos) todos viram a minha pequena doidice.
Poucas vezes na vida eu passei por repreensões de alguém da família e, embora outras pessoas não tenham falado nada, a vozinha veio com uma doçura firme e disse: “Nubinha, não faça mais isso! Não ficou bonito, nem engraçado.”
Realmente, eu não era daquele jeito. Mas, quem via a foto, podia pensar que eu era uma criança peralta e que gostava de chamar a atenção.
Nunca mais fiz isso. Foi apenas uma vez, porém, a vozinha como boa jardineira, plantou a sua semente no meu coração. Os seus ensinamentos foram cheios de amor e certeiros, por isso, eles criaram raízes bem fortes e eu estou aqui, depois de tantos anos, carregando os seus valores.
Não podemos deixar de ensinar. Às vezes, parece que nenhum fruto irá nascer. Mas, isso não é verdade. É impossível plantar e não colher.
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