Você pensa em trabalhar no exterior?

Estudar em outro país pode lhe abrir essa porta e enriquecer o seu currículo

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Trabalhar no exterior é um pensamento que passa pela cabeça de muitas pessoas. A busca por segurança, qualidade de vida e novas experiências contribui para alimentar esse sonho, mas é preciso se preparar para atingir este objetivo.

Para Juliana Vital, de 33 anos, empresária da área de intercâmbios, o primeiro passo é decidir o destino desejado. “A pessoa precisa analisar do que gosta, se lhe agrada o frio ou o calor, o estilo de vida, a cultura local, se sonha conhecer a Europa ou a Oceania e avaliar o que é melhor para ela. Também é preciso fazer uma reserva financeira e ver se o destino escolhido é compatível com seu orçamento.

Todos os países exigem uma comprovação mínima de renda para o período que você pretende ficar lá”, afirma.

Trabalho e estudo
Segundo Juliana, é primordial escolher um local onde seja permitido estudar inglês e trabalhar legalmente. “Nem todos os países oferecem essa possibilidade. Nos Estados Unidos, há programas de estágio remunerado de dez semanas para trabalhar em Summer Camps (colônias de férias de verão)ou na Disney. São vagas limitadas. Além disso, podem trabalhar alunos que estejam matriculados em cursos de graduação ou pós-graduação. Nesse caso, é preciso ter inglês fluente e estas instituições são pagas”, esclarece.

Vagas secundárias
Juliana explica que na maioria dos países o período de estudo é de dois anos. “Você pode renovar o curso e depois tentar ingressar em uma universidade, estender seu tempo de permanência e até buscar uma oportunidade profissional em uma empresa que lhe dê visto de trabalho. Mas, inicialmente, as vagas são do tipo secundárias (para atuar em cafeterias, hotéis e restaurantes)”, argumenta.

Porta de entrada
De acordo com a especialista, o ideal é estagiar nessas áreas no Brasil e incluir esta experiência em currículo. “É grande o índice de pessoas que não voltam mais para o País porque conseguiram trabalho. O intercâmbio é uma porta de entrada e estudar no exterior sempre vai gerar alguma oportunidade, seja dentro ou fora do Brasil”, opina.

Melhor escolha
Quando resolveu morar no exterior há alguns anos, a turismóloga Rita Medeiros, de 31 anos, contou com o auxílio de uma agência para ajudá-la a escolher o melhor país. “Eu pretendia ir para Vancouver, no Canadá, mas escolhi Dublin, na Irlanda, quando fui informada de que a viagem seria mais barata e de que havia mais possibilidade de trabalho. O fato de estar na Europa também nos permite conhecer outros países, como a França e a Espanha”, explica.

Experiência anterior
Sua experiência de ter sido garçonete em Fortaleza a ajudou a conseguir se empregar. “Logo que cheguei foi difícil conseguir emprego, mas a escola onde eu estudava tinha um projeto de estágio não remunerado que favorecia a obtenção de uma carta de recomendação. Depois de um mês e com esta carta em mãos, consegui emprego em um hotel”, relembra.

Amadurecimento
Rita trabalhou e estudou fora por um ano e garante que a experiência foi positiva e a auxiliou quando voltou ao Brasil. “Estudantes não europeus podem trabalhar até 44 horas durante as férias e 20 horas enquanto estão estudando. Eu morei em uma república (moradia coletiva) com cinco pessoas e dividíamos as contas. Morar fora me trouxe muito amadurecimento pessoal e ampliou a minha visão de mundo. Voltei para o Brasil para tocar outros projetos com o currículo enriquecido”, avalia.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Foto: Demetrio Koch / Arte: Éder Santos