Você aperta ou range os dentes?

Conheça os sintomas do bruxismo e saiba como tratar este mal

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Se você se olhar no espelho e observar que os seus dentes estão danificados ou até soltos, fique alerta. Se, além disso, você sentir dores no pescoço e maxilar, na cabeça e nos ouvidos e apresentar dificuldades para abrir a boca quando acorda pela manhã, é bom buscar ajuda, pois você pode estar com bruxismo e nem percebeu ainda. A doença ocorre quando a pessoa passa a ranger e a apertar os dentes de forma contínua e atinge cerca de 30% da população do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, esse número pode chegar a 40%.

A dentista Maria Celeste Barrile, especialista e mestre em disfunção da articulação temporomandibular (DTM) e dor orofacial, explica que a doença pode se manifestar de duas formas. “Quando ocorre durante o sono é chamada de bruxismo do sono. Se acontece quando o indivíduo está acordado, chama-se bruxismo de vigília.

O bruxismo tem como característica a atividade repetitiva dos músculos da mastigação e ela pode ocorrer com o apertamento dos dentes, com o ranger ou com o encostar ou ainda somente com a contração muscular facial, sem envolvimento dos dentes.”

Para detectar a doença é importante ficar atento aos sintomas. “Dores de cabeça, fadiga da musculatura facial, travamento ou rigidez da mandíbula, dores nos dentes, desgaste dental, agravamento dos problemas periodontais podem estar relacionados ao bruxismo.

O exame de polissonografia é considerado o padrão para o diagnóstico do bruxismo do sono, mas o relato do paciente, de um companheiro ou cuidador, o exame bucal e palpações da musculatura orofacial também são importantes para determinar o problema”, afirma a dentista.

De acordo com Maria Celeste, o bruxismo não tem cura, mas tem tratamento. “Não se recomendam tratamentos irreversíveis ou invasivos como desgastar os dentes ou colocar próteses.

Deve ser feito um acompanhamento por um especialista em DTM e dor orofacial, com uma equipe de médicos, fisioterapeutas, psicólogos e outros, por causa das inúmeras facetas que compõem o diagnóstico e o tratamento. Não tratar piora muito a qualidade de vida no sentido físico e psicossocial”, adverte a dentista.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Eder Santos