Na última terça-feira (7), o programa social Vício Tem Cura prestou assistência às internas atendidas no Instituto Rosa de Saron – clínica de recuperação especializada no tratamento de mulheres contra a dependência química – localizada em Guarulhos (SP).

“Os familiares nos ligam toda quarta e todo sábado, mas nós estamos aqui esquecidas do mundo. É muito importante receber uma visita como essa porque nós nos sentimos queridas, amadas, lembradas. Eu sou uma pessoa deprimida, mas estou me sentindo muito bem agora, esperançosa”, relatou N.T de 60 anos, que há quatro meses tem sido ajudada pelo Instituto, devido ao vício no crack que já perdura há 15 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS), em 2021, registrou 400,3 mil atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas e álcool.

A iniciativa do Vício Tem Cura proporcionou um momento especial a 35 mulheres assistidas pelo Rosa de Saron. Foram distribuídos kits de higiene pessoal, lanches e exemplares da Bíblia Sagrada.

Segundo o responsável pela ação Wagner Arone, esse trabalho se faz importante porque, às vezes, “a própria família despreza a pessoa que está no vício. Sendo assim, a gente vai com todo carinho e dedicação para que essas mulheres saibam que têm muito valor”.

Além das doações, voluntários – que um dia também viveram no mundo dos vícios, mas hoje vivem uma vida livre deles – compartilharam suas histórias de superação e prestaram atendimento individual às internas, a fim de ouvir as necessidades e desabafos, oferecendo a todas uma palavra de ânimo e força.

Para a coordenadora da unidade Laura Camila Firmino, a felicidade das internas após a ação ficou notória. “Quando elas recebem as palavras de pessoas que também passaram por isso eu acho que é como uma gota de esperança. Os exemplos das histórias dos voluntários é como uma mão que levanta”.

Criado em 2014 pela Igreja Universal do Reino de Deus, o Vício Tem Cura foi desenvolvido com o objetivo de auxiliar usuários de drogas e pessoas com outros tipos de vício, além de seus respectivos familiares. Em 2022, 48.950 brasileiros foram assistidos pelo programa social.