Durante o programa “Obreiros em Foco”, do dia 21 de outubro, Bispo Adilson Silva, responsável nacional pelos obreiros, alertou a todos sobre os riscos de se deixar levar pelas “vaidades estranhas”, mencionadas pelo profeta Jeremias. Esse assunto, embora antigo, continua extremamente atual.

O que a Bíblia diz:

Durante a leitura do livro de Jeremias, especialmente no capítulo 8, versículo 19, encontramos uma passagem que revela a dor de Deus diante da infidelidade do Seu povo:

“Eis a voz do clamor da filha do meu povo, de terra mui remota:
Não está o Senhor em Sião? Não está nela o seu Rei?
Por que me provocaram à ira com as suas imagens de escultura e com vaidades estranhas?” (Jeremias 8:19)

Naquele tempo, o povo de Israel havia sido levado cativo para a Babilônia. Somente longe da presença de Deus, eles perceberam o quanto se afastaram do Senhor.

Deus, então, os questiona: “Eu não estava aí com vocês?”
Sim, Ele estava. Mas o povo havia escolhido seguir os caminhos das outras nações, entregando-se à idolatria e às vaidades que nada acrescentavam.

Quando o que é fútil substitui o que é espiritual

Desde o início, Deus escolheu Israel para ser um povo santo e referência entre as nações. No entanto, em vez de influenciar o mundo, o povo começou a ser influenciado por ele.

Eles adotaram costumes vazios, perderam o temor e se deixaram seduzir por práticas fúteis.
Por isso, o Senhor advertiu:

“Não aprendais o caminho dos gentios… porque os costumes dos povos são vaidade.” (Jeremias 10:2-3)

O Bispo destacou que assim também acontece nos dias de hoje.

• “Muitos cristãos têm deixado as ‘vaidades estranhas’ entrarem em suas vidas. Às vezes, não se trata de algo abertamente pecaminoso — mas de algo sem propósito espiritual, sem utilidade real e sem proveito eterno”.

O perigo das “vaidades” nos dias atuais

É importante deixar claro: cuidar da aparência, da saúde e do corpo não é errado. O problema está no exagero e na motivação.
Tudo o que nasce do orgulho, da comparação ou da necessidade de aprovação dos outros, torna-se vaidade.

• “Hoje, as redes sociais são um dos maiores espelhos dessas vaidades. Muitos querem imitar influenciadores, conquistar seguidores ou mostrar uma vida que não reflete o interior. No entanto, a vaidade revela o vazio espiritual — é uma tentativa de preencher com aparência aquilo que falta no coração”, alerta o Bispo Adilson.

Jesus nos chamou para ser luz e sal deste mundo. A luz não imita as trevas; ela as dissipa. O sal não se deixa corromper; ele conserva e dá sabor. Portanto, o cristão não deve ser consumidor das influências do mundo, mas provedor da influência de Deus.

O discernimento que vem do Espírito Santo

O Espírito Santo é quem nos dá discernimento para perceber quando algo ultrapassa o limite do saudável e se torna vaidade.
A linha que separa o equilíbrio do excesso é muito fina. Por isso, é necessário vigiar constantemente.

O Bispo aconselha a se fazer uma pergunta simples: Qual é a utilidade disso para a minha vida espiritual?

• “Se algo não traz crescimento, edificação ou proveito, talvez seja hora de repensar. Porque tudo o que não prioriza o Espírito Santo — por mais bonito ou popular que pareça — acaba se tornando uma vaidade estranha”, finalizou.

Conclusão: o verdadeiro valor está no temor a Deus

• O rei Salomão, depois de conquistar sabedoria, poder e riqueza, concluiu:
• “Tudo é vaidade.” (Eclesiastes 1:2)
• Ele entendeu que só o temor a Deus tem valor eterno.
• Por isso, não permita que as vaidades deste mundo tomem o lugar que pertence ao Espírito Santo.
• A beleza, o status e as aparências passam; mas quem permanece com Deus nunca será envergonhado.
• Cuide do seu interior, e o exterior refletirá a glória de Deus.

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