Uso intenso de celular causa comportamento semelhante ao de viciados em drogas

Impulsivos, insones, estressados e sem saúde. Assim são os viciados em celular

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Estudo realizado na Alemanha revelou que o uso intenso de celular causa reação similar a drogas como cocaína no cérebro. O artigo, publicado no último dia 18, ainda compara o uso à pratica de jogos de azar.

A avaliação foi realizada estudando o comportamento dos usuários de smartphones. Os pesquisadores descobriram que as pessoas que permanecem mais tempo conectadas tendem a ser mais impulsivas, assim como os viciados em drogas ilícitas ou em apostas, por exemplo.

“Nossos principais resultados vão ao encontro de pesquisas anteriores destacando a importância do delay discounting como um indicador de comportamentos problemáticos”, respondeu à BBC News Brasil, Tim Schulz van Endert, coautor do artigo junto com Peter Mohr, respectivamente pesquisadores da área de economia e neurociência da Universidade Livre de Berlim.

Um exemplo descrito de tal impulsividade seria o usuário escolher entre receber R$100 hoje ou R$300 na próxima semana. Aqueles que usam mais intensivamente os smartphones parecem não ter paciência para aguardar, escolhendo a menor recompensa, desde que ela seja imediata.

Aliás, é dessa maneira que as indústrias de tecnologia trabalham: oferecendo recompensas intensamente. Curtidas, compartilhamentos, comentários, notificações… Tudo isso faz o organismo produzir as mesmas substâncias que um viciado produz quando recebe sua dose de droga. É por isso que se torna tão difícil largar o aparelho.

“Notificações frequentes, acesso imediato à informação e respostas dos grupos sociais podem tornar difícil o distanciamento destes aparelhos, mesmo se for algo inadequado ou mesmo perigoso — como ao dirigir”, revela o estudo alemão.  E completa: “O uso excessivo de smartphones também demonstrou ter um impacto negativo em parâmetros importantes, como qualidade do sono, níveis de estresse, desempenho acadêmico e bem-estar geral”.

O que você está buscando?

Embora o vício em smartphone e internet seja um grande problema, ele não é a causa desse problema. Todo vício existe para preencher um espaço vazio que há na pessoa, conforme explica o Bispo Renato Cardoso.

De acordo com ele, “antigamente, quando se falava em vícios, se falava em substâncias. Maconha, cocaína, heroína, álcool. Antigamente vício era praticamente associado a substâncias. Hoje, vícios estão muito amplos. Estão muito mais associados a comportamentos das pessoas. Celular é um vício em muitos casos. O jogo, a rede social, a televisão, acabam sendo um vício”.

Segundo sua explicação, “a pessoa faz uma ação repetitiva, que acaba sendo um prejuízo para si ou para outras pessoas: aquilo é um vício”.

E, para se libertar do vício, é preciso encontrar a causa dele. Para auxiliar pessoas que precisam se libertar da dependência, seja ela qual for, existe o Tratamento Para a Cura dos Vícios, realizado na Universal. Clique aqui e saiba o endereço mais próximo.

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Colaborador

Andre Batista / Foto: Getty Images