A Universal nos Presídios (UNP) realizará, nesta sexta-feira (12), às 7h da manhã, a formatura de 40 reeducandos que concluíram o curso de Elétrica Predial, oferecido pelo programa social no Centro de Detenção Provisória II (CDP II) de Guarulhos, em São Paulo.

“A formação para o trabalho é fundamental ao ser humano em sociedade. Nesse sentido, a participação da sociedade civil organizada no ambiente do cárcere é fundamental. Diante disso, as parcerias firmadas, em especial nesse caso com a UNP, são de suma importância para que possamos oportunizar aos privados de liberdade uma possibilidade de reinserção social mais digna e estruturada, por meio do curso profissionalizante”, disse o Diretor de Detenção Provisória II de Guarulhos, Emerson Rodrigues Sanches.

Além da cerimônia de graduação, em que os alunos receberão o certificado de conclusão, o evento também contará com assistência gratuita de advogados, que ajudarão os detentos a se informar sobre o andamento do processo e possíveis benefícios e, também, haverá atendimentos com oftalmologistas.

Voluntários distribuirão kits de higiene pessoal e proporcionarão um coffe break especial aos presos, servidores e autoridades presentes.

Sobre o curso 

Com duração total de 60 horas, o curso de Elétrica Predial ensinou aos detentos tópicos como: resistência, tipos de resistores variáveis, protoboard, montagem de lâmpada em série, corrente, medir tensão, circuito elétrico, circuito série e circuito paralelo.

O eletricista voluntário, Fernando Augusto Nobre, foi um dos professores do curso ministrado na unidade. Ele explica que foram abordados conceitos de eletricidade com aulas práticas e teóricas. “Os reeducandos receberam o curso de braços abertos, a turma foi muito atenciosa e retribuíram com gratidão”.

Os alunos, ainda, receberam uma apostila e aprenderam sobre grandezas elétricas, materiais, ferramentas e segurança.

 “No começo do curso, vimos eles um pouco fechados, falando pouco, tirando poucas dúvidas, mas conforme vai acontecendo o curso, eles vão se empenhando. Quando chega o momento das aulas práticas, aí a gente vê mais ainda a dedicação, o empenho e o sorriso no rosto”, conta o responsável pelo trabalho da UNP na região, Ednei dos Santos.

Ednei afirma ainda que a grande alegria que o programa social proporciona é de poder ajudar esses homens, que hoje se encontram dentro do sistema prisional, a sair de lá com uma profissão, ressocializados, de cabeça erguida e prontos para retornar à sociedade.

Criada pela Igreja Universal do Reino de Deus, a UNP oferece amparo a encarcerados, funcionários das unidades prisionais e familiares de detentos. Somente em 2022, 757.925 pessoas foram atendidas pelo grupo no Brasil.