Um jejum só para os revoltados
Aqueles que estão com um “ai” entalado encontram no Jejum dos Revoltados o caminho para superar seus problemas. Saiba como foi o primeiro encontro deste propósito no Templo de Salomão
No sábado, dia 31 de maio, às 7h, aconteceu, em todas as Universal, o Jejum dos Revoltados. No Templo de Salomão, em São Paulo, sete Bispos e Pastores realizaram um clamor poderoso em um encontro conduzido pelo Bispo Renato Cardoso e pelo Pastor Rodrigo Botelho, que atualmente está à frente do Jejum dos Impossíveis, também conhecido como Jejum Coletivo, que ocorre aos sábados às 7h e às 10h. Às 6h, as portas do Templo já estavam abertas para acolher os que, em jejum, não se intimidaram nem com os 11o.C no amanhecer daquele dia na capital paulista. Muitos, assim que entraram, vestiram seus ombros com um pano de saco, símbolo bíblico de humilhação e angústia.
Inspirado na revolta de Gideão, o encontro teve um grande clamor logo no início, reunindo todos que carregam um “nó na garganta” por conta das adversidades. A história de Gideão retrata essa situação: ao se deparar com a humilhação de seu povo após sete anos de sofrimento impostos pelos midianitas, ele expôs sua revolta quando o anjo do Senhor lhe apareceu (Juízes 6). “Ele remoía dentro de si o que ouvia sobre Deus e o que via à sua frente, pois as duas coisas não se conciliavam”, disse o Bispo Renato. Esse cenário gerou em Gideão uma atitude de fé e isso agradou a Deus, acrescentou o Pastor Rodrigo. É esse espírito audacioso que será a base do Jejum dos Revoltados, que se estenderá por sete sábados consecutivos (até 12 de julho) e dará aos participantes a oportunidade de buscarem a transformação de vida.
Quando a fé encontra a revolta
No dia 30 de abril, durante a Reunião do Encontro com Deus, o Bispo Macedo expressou o desejo de realizar um encontro voltado exclusivamente para os revoltados. Ao citar Hebreus 11:6, o Bispo ressaltou a coragem e o arrojo como essenciais para viver a fé genuína. Quando alguém carrega um sofrimento profundo, uma dor intensa ou um desespero sufocante, considerou o Bispo, expor essa revolta diante de Deus é o caminho para se aproximar das respostas. “Você precisa colocar essa revolta para fora e expor sua alma, seu sofrimento, sua dor, sua angústia e sua revolta a Deus. Isso se chama fé. É colocar diante dEle suas mágoas, queixumes, dores, desafios e problemas”, enumerou.
Duas formas de revolta
O exemplo de Gideão suscitou lições e uma delas, de acordo com o Bispo, é a diferença entre a revolta impulsiva e a revolta inteligente: “O sentimento de revolta, normalmente, só leva as pessoas a fazerem loucuras e a piorarem o seu problema. (É uma) expressão errada de uma dor (…)”. Segundo ele, muitas pessoas tomam atitudes impensadas, mas a revolta de fé é diferente, como explicou: “A revolta inteligente começa na cabeça e não no coração. O coração sente, explode em emoção, mas a cabeça pensa.” Para ele, a verdadeira revolta coloca um limite à dor e enfatizou: “Muitas pessoas não se revoltam porque aumentam constantemente sua tolerância ao sofrimento. Não existe revolta sem um basta. É aí que começa a resposta, não por um sentimento, mas por uma fé inteligente”.
Um clamor revoltado
O jejum é uma prática espiritual que fortalece a fé e conecta a oração à busca por respostas. Para aqueles que enfrentam desafios aparentemente impossíveis de solucionar, ele é uma chance de se aproximar de Deus e expor a Ele suas necessidades. Enquanto a oração é um canal de comunicação com Deus, o jejum potencializa essa intercessão, funcionando como um clamor persistente. No Jejum dos Impossíveis, então, essa busca se torna coletiva, unindo milhares de pessoas em um só propósito e transformando súplicas individuais em uma grande intercessão que reverbera no mundo espiritual, como o Bispo acentuou: “Se você tem uma situação que não pode resolver de outra forma, chame a atenção de Deus. Você vai se incomodar, sair do seu conforto e fazer a sua parte. O resto é com Deus”.
Capacidade do Alto
Para muitos, o Jejum dos Impossíveis se tornou um compromisso inadiável. É o caso do advogado Antônio Quintino, de 75 anos, que contou à reportagem da Folha Universal sua jornada de mais de 20 anos fazendo o jejum. Ele destaca a importância dessa prática para o fortalecimento da fé e da conexão com Deus: “A importância de um jejum está no fato de ele capacitar a pessoa que o está fazendo. Quem faz o jejum tem mais intimidade com Deus”, disse. Segundo ele, o jejum traz clareza para lidar com as dificuldades, como destaca: “Para mim, o Jejum é uma reunião fundamental, não perco nenhum encontro. Eu me levanto às 4h da manhã e pego três conduções para vir ao Templo”.
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